Dia Mundial da Psoríase reforça importância do diagnóstico precoce e tratamento contínuo
Celebrado em 29 de outubro, o Dia Mundial da Psoríase chama atenção para essa doença inflamatória e crônica que afeta cerca de 1,3% da população brasileira. Em entrevista à Rádio Senado, o médico dermatologista Eduardo H.K. Oliveira explica que a doença pode atingir também as articulações e o sistema cardiovascular, reforçando a importância do diagnóstico precoce e do tratamento adequado, disponível também pelo SUS.
Transcrição
DIA 29 DE OUTUBRO É O DIA MUNDIAL DA PSORÍASE.
A DATA CHAMA ATENÇÃO PARA UMA DOENÇA CRÔNICA E NÃO CONTAGIOSA QUE AFETA A PELE, MAS QUE VAI MUITO ALÉM DA APARÊNCIA.
A REPÓRTER JÚLIA FERNANDES TRAZ MAIS INFORMAÇÕES.
A psoríase é uma doença inflamatória crônica que causa lesões avermelhadas e descamativas na pele, podendo afetar também as unhas e o couro cabeludo.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, cerca de um vírgula três por cento da população brasileira convive com o problema, que pode surgir em homens e mulheres de todas as idades. O dermatologista Eduardo Oliveira explica que o diagnóstico precoce é essencial, uma vez que a doença pode se manifestar em outros órgãos além da pele:
(Eduardo Oliveira) “A gente sabe que a psoríase, ela não é só uma doença de pele ou de unhas, mas ela também pode acometer outros órgãos, como, por exemplo, as articulações, as juntas, provocando artrite e muitas vezes artrite que vão degenerar e causar deformidades e sequelas e está associado com outras condições como diabetes e problemas cardiovasculares. Então, a gente fala que a psoríase, ela é uma doença sistêmica, que acomete vários órgãos, mas se manifesta principalmente na pele.”
Apesar de não ter cura, a psoríase tem tratamento. A boa notícia é que, nos últimos anos, novas terapias garantem mais qualidade de vida aos pacientes, inclusive com medicamentos modernos disponíveis pelo SUS, como afirma o dermatologista:
(Eduardo Oliveira) “Temos excelentes opções de tratamento no Brasil, inclusive no SUS. Vai depender, claro, da gravidade que esse paciente se encontra dentro do espectro da psoríase. Sempre começamos com a hidratação, o uso de hidratantes e emolientes na pele é fundamental. Para casos mais moderados, já utilizamos a fototerapia, que é um tratamento com luz ultravioleta. E para casos mais graves temos medicamentos sistêmicos. E de uns anos para cá, o que representou uma revolução, eu diria, no tratamento da psoríase, foi o surgimento dos imunobiológicos, dos medicamentos biológicos que são medicamentos mais modernos, bastante eficazes e já tão disponíveis pelo SUS”
Embora ainda sem cura, a psoríase pode ser controlada, garantindo mais conforto e bem-estar. O diagnóstico e o tratamento precoces são os melhores caminhos para reduzir o impacto da doença e melhorar a autoestima de quem convive com ela. Da Rádio Senado, sob supervisão de Anderson Mendanha, Júlia Fernandes.
