Exploração sexual de criança, adolescente e vulnerável poderá ter pena aumentada
A Comissão de Constituição e Justiça aprovou, nesta quarta-feira (8), o projeto que aumenta a pena para o crime de exploração sexual de crianças, adolescentes e vulneráveis (PL 425/2024). De acordo com o texto, a prisão pelo crime poderá chegar a 12 anos. Hoje, a pena máxima é de 10 anos. O projeto é do senador Zequinha Marinho (Podemos-PA), a relatora foi a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), e, se não houver recurso para votação em Plenário, o projeto poderá seguir direto para análise dos deputados.

Transcrição
O CRIME DE EXPLORAÇÃO SEXUAL DE CRIANÇAS, ADOLESCENTES E VULNERÁVEIS PODERÁ TER PENA MAIOR.
FOI O QUE APROVOU, NESTA QUARTA-FEIRA, A COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA. REPÓRTER MARCELA DINIZ:
O projeto aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça aumenta a pena para exploração sexual de crianças, adolescentes e vulneráveis, ou seja, vítima que, em razão de doença ou deficiência, não tem discernimento sobre a situação. De acordo com o texto, o tempo de prisão por esse crime, que hoje varia entre 4 e 10 anos, passará a ser de, no mínimo, seis, e, no máximo, doze anos.
A iniciativa é do senador Zequinha Marinho, do Podemos do Pará. Ele argumentou que a pena de quatro anos, pela lei atual, pode ser convertida em punição alternativa à prisão, o que, em sua avaliação, equivale à impunidade:
(senador Zequinha Marinho) "O camarada apronta, comete o crime e, em função do tempo de pena, nem é preso, nem é recolhido. Então, para não ficar ninguém impune – e a gente tem que combater a impunidade – esticamos a pena nos dois patamares [mínimo e máximo] para que, realmente, quem comete tenha que pagar por aquilo que fez."
O projeto contou com relatório favorável da senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão. Ainda de acordo com o texto, também configura crime facilitar o abuso ou dificultar que a criança, adolescente ou vulnerável saia da situação de exploração sexual.
Como a decisão da CCJ é final, o projeto poderá seguir direto para análise dos deputados, a não ser que haja recurso para votação em Plenário. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

