Sessão especial lembra vítimas do ataque terrorista do Hamas
No aniversário de dois anos do ataque terrorista do Hamas no sul de Israel, uma sessão especial no Plenário do Senado prestou homenagens às vítimas (RQS 720/2025). O ataque acabou provocando a ofensiva militar de Israel na faixa de Gaza, que enfrenta hoje uma grave crise humanitária. Claudio Lottenberg, da Confederação Israelita do Brasil, criticou os que acusam Israel de genocídio em Gaza; e o senador Sergio Moro (União-PR) disse o Senado cumpre o seu dever ao celebrar a memória das vítimas.

Transcrição
NO ANIVERSÁRIO DE DOIS ANOS DOS ATAQUES TERRORISTAS DO HAMAS AO SUL DE ISRAEL, UMA SESSÃO ESPECIAL NO PLENÁRIO PRESTOU HOMENAGENS ÀS VÍTIMAS.
O ATAQUE TERRORISTA FOI O ESTOPIM DA OFENSIVA MILITAR DE ISRAEL NA FAIXA DE GAZA, QUE SEGUNDO OBSERVADORES INTERNACIONAIS, VIVE HOJE UMA CRISE HUMANITÁRIA SEM PRECEDENTES. REPÓRTER CESAR MENDES.
Na manhã do dia 7 de outubro de 2023, terroristas do Hamas invadiram o Sul de Israel realizando assassinatos em massa que deixaram cerca de 1.200 mortos; além de levarem 251 reféns para a Faixa de Gaza. 48 deles continuam sob o poder do Hamas, segundo o governo de Israel, 20 apenas ainda vivos. Na sessão especial para homenagear as vítimas do ataque, Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil (Conib), disse que falava em nome dos 6 milhões de judeus que sucumbiram ao holocausto, na Segunda Guerra Mundial, para esclarecer que a guerra movida por Israel contra o grupo terrorista Hamas não pode ser chamada de genocídio.
(Claudio Lottenberg) "No primeiro momento, o mundo reconheceu que Israel havia sido atacado pelo Hamas, um movimento terrorista; mas logo depois, a farsa: Passaram a tratar o Hamas como se fosse um ator político legítimo, e não é, isso é mentira.O Hamas representa o terror, um braço estendido do governo do Irã; que patrocina não somente o Hamas, mas o Hezbollah, o Houthis; que usa o que há de pior em termos de interlocução: o terrorismo, a violência deliberada."
Encarregada de negócios da embaixada de Israel, Hasha Atamni afirmou que o direito de existir do povo judeu foi profundamente abalado no dia 7 de outubro de 2023; e o brasileiro Rafael Zimerman, sobrevivente do ataque, fez um relato dramático e emocionado do que viveu naquele dia.
(Rafael Zimerman) "Entendam como isso é um absurdo: Uma festa que celebrava a paz e a coexistência; música, gente dançando; 3 mil pessoas do mundo inteiro, de todas as religiões, de todas as visões políticas; uma noite linda e um amanhecer mais lindo ainda... Até que eles chegaram."
Para o senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, nada justifica os atos terroristas do Hamas no Sul de Israel.
(senador Flávio Bolsonaro) "Que ser humano pode ainda ficar ao lado dos terroristas do Hamas, com imagens do que esses terroristas fizeram? Decapitaram pessoas idosas, estupraram mulheres, queimaram bebês!"
Denis Rosenfeld, filósofo e professor da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, apontou o que chamou de "erupção do antisemitismo no mundo", que estaria causando hoje "estupefação entre os minimamente sensatos", segundo ele. Autor do pedido da sessão, o senador Sergio Moro, do União do Paraná, destacou o apoio do presidente do senado, Davi Alcolumbre, para a realização da homenagem.
(senador Sergio Moro) "Hoje nós nos reunimos nesta Casa para cumprir um dever que transcende fronteiras políticas e ideológicas, o dever da memória. O objetivo é nós transformarmos um dia de infâmia em um dia de celebração à memória das vítimas e contra o antissemitismo."
Para o senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, "a neutralidade diante do genocídio potencial é a escolha do opressor" e "honrar as vítimas do 7 de outubro é dizer, no parlamento, que o terrorismo não vencerá; que Israel não está sozinho; e que a civilização não se curvará a esse grupo terrorista". Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

