Comissão debate exploração do petróleo da Margem Equatorial — Rádio Senado
Litoral MA

Comissão debate exploração do petróleo da Margem Equatorial

A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo discutiu nesta segunda-feira (14) os impactos da exploração do petróleo e gás na porção maranhense da Margem Equatorial brasileira. O seminário aconteceu na Assembleia Legislativa do Maranhão por sugestão da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). Segundo ela, as reservas são estimadas em até 30 bilhões de barris de óleo, e o eventual início das atividades pode representar um verdadeiro salto de qualidade e desenvolvimento do estado.  

14/07/2025, 19h10 - atualizado em 14/07/2025, 19h22
Duração de áudio: 02:45
Foto: Reprodução TV Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE DESENVOLVIMENTO REGIONAL DISCUTIU EM SEMINÁRIO EM SÃO LUÍS OS IMPACTOS DA EXPLORAÇÃO DO PETRÓLEO E DO GÁS NA PORÇÃO MARANHENSE DA MARGEM EQUATORIAL BRASILEIRA. NA OPINIÃO DOS PARTICIPANTES, A ATIVIDADE PODERÁ GARANTIR A SEGURANÇA ENERGÉTICA PARA O PAÍS E RETORNOS SOCIAIS E ECONÔMICOS PARA A POPULAÇÃO. REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS. A Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo discutiu nesta segunda-feira os impactos da exploração do petróleo e gás na porção maranhense da Margem Equatorial brasileira. O seminário aconteceu na Assembleia Legislativa do Maranhão por sugestão da senadora Eliziane Gama, do PSD do estado. Segundo ela, as reservas são estimadas em até 30 bilhões de barris de óleo, e o eventual início das atividades pode representar um verdadeiro salto de qualidade e desenvolvimento para o estado.   Eu acredito que esse é o nosso maior desafio de buscar o desenvolvimento respeitando todas as salvaguardas ambientais e aproveitando a nossa riqueza para a melhoria da qualidade de vida do nosso povo. É inconcebível que nós tenhamos um estado com indicadores sociais tão terríveis e tão cruéis e nós não possamos aproveitar a riqueza que nós temos com sustentabilidade para reverter a questão financeira do nosso povo. Para Diogo Lima, representante do Sesi, o debate em torno dessa atividade não deve colocar em lados opostos preservação do meio ambiente e interesses econômicos. Ele e outros participantes ligados à Petrobras, Agência Nacional do Petróleo e Ministério de Minas e Energia, acreditam que é preciso levar em consideração outros aspectos, como a segurança energética, a diversificação da produção nas regiões Norte e Nordeste e os retornos sociais e econômicos que a exploração do óleo e do gás da margem equatorial pode proporcionar. Nem mesmo a chamada transição energética deve impedir que isso aconteça, afirmou Diogo Lima, ao lembrar que as alternativas postas não são confiáveis a ponto de fazer o Brasil renunciar a essa riqueza existente na costa, diante de um cenário internacional cheio de incertezas. Qual de nós aqui tem a inocência de dizer que nós teremos tranquilidade em 2030 para negociar com facilidade petróleo com qualquer país do mundo, com os grandes produtores do mundo? Nós vimos aí fechamento de estreitos, nós vimos como a própria Petrobras mostrou aqui navios clandestinos traficando petróleo. O cenário é o pior possível. E se não fizermos o dever de casa, nós vamos estar submetidos a essa regra. É questão de soberania nacional. Não é questão de opor meio ambiente a ganho patrimonial. Os participantes ainda destacaram que a exploração do petróleo na costa das regiões Norte e Nordeste segue exigências ambientais, para garantir respostas rápidas em caso de algum acidente. A margem equatorial brasileira se estende do litoral do Amapá ao do Rio Grande do Norte. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

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