Venda de medicamentos sem prescrição é tema de debate
A proposta que prevê a venda de medicamentos sem prescrição em supermercados (PL 2158/2023) foi tema de um debate na Comissão de Assuntos Sociais (CAS). Anteriormente, o projeto estabelecia a venda de medicamentos diretamente no estabelecimento. No entanto, após divisão de opiniões em audiências públicas passadas, uma emenda do autor, senador Efraim Filho (União-PB), mudou a regra. O novo texto estabelece que a venda dos medicamentos deve acontecer em farmácia instalada dentro da área do supermercado.

Transcrição
VENDA DE MEDICAMENTOS ISENTOS DE RECEITA MÉDICA EM SUPERMERCADOS FOI TEMA DE DEBATE NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. A AUDIÊNCIA PÚBLICA FAZ PARTE DE UMA SÉRIE DE DISCUSSÕES SOBRE O PROJETO DE LEI. REPÓRTER LANA DIAS.
A Comissão de Assuntos Sociais promoveu mais um debate sobre o projeto que permite a venda de medicamentos que não precisam de prescrição em supermercados. A proposta, do senador Efraim Filho, do União da Paraíba, já foi tema de audiências públicas passadas, que dividiram opiniões e orientaram mudanças. Até agora duas emendas foram apresentadas. Uma delas, do próprio autor, estabelece que a venda dos medicamentos deve acontecer em farmácia instalada dentro da área de vendas do supermercado.
O senador Efraim Filho afirmou que a nova emenda proporciona benefícios tanto para o setor, quanto para a população.
Ele coloca ali mais acesso, menor tempo e, claro, renda para todos os setores, emprego para uma classe que precisa ser cada vez mais valorizada.
Pela modificação, a administração da farmácia poderá ser feita pelo supermercado, ou por meio de convênio com outras farmácias. A emenda também obriga a presença de farmacêutico no estabelecimento e ainda proíbe o desenvolvimento de marcas próprias.
O Presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira dos Atacarejos, Belmiro Gomes, entende que a proposta pode trazer mais comodidade ao consumidor.
Isso traz mais praticidade, mais acesso para esse consumidor, mais saúde, porque o farmacêutico vai estar presente, ou seja, é a mesma regra que é aplicada para as farmácias. Isso, na nossa visão, vai possibilitar para a população ter um menor nível de estoque em casa, ter mais segurança no momento de compra, gerar mais emprego e, acima de tudo, preço baixo.
O Presidente do Conselho Federal de Farmácia, Walter da Silva Jorge João, apresentou sugestões para o projeto. Uma delas defende uma estrutura física própria e isolada, mesmo que possua porta de acesso a demais áreas do supermercado. A área dessa farmácia não poderá ultrapassar 20% da área total do supermercado.
A gente entende como importantíssima, pois visa garantir que não serão instaladas farmácias em pequenos estabelecimentos, tais como empórios, armazéns e lojas de conveniência, uma vez que a legislação não é clara ao definir o que é um supermercado ou o que é um estabelecimento de menor porte.
De acordo com os senadores, o projeto pode ser votado na próxima reunião da comissão. Sob supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Lana Dias.

