Implanon, contraceptivo mais moderno, será ofertado pelo SUS
O Implanon, contraceptivo mais moderno disponível atualmente, será oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O Implanon é um implante subdérmico de alta eficácia e longa duração. Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a medida representa um avanço importante na oferta de métodos contraceptivos na rede pública. Até 2026, o Ministério da Saúde prevê distribuir cerca de 1,8 milhão de unidades do Implanon, sendo 500 mil até o fim deste ano.

Transcrição
O IMPLANON, UM DOS CONTRACEPTIVOS MAIS MODERNOS, QUE PODE CUSTAR DE DOIS A QUATRO MIL REAIS NA REDE PARTICULAR, SERÁ OFERECIDO GRATUITAMENTE PELO SUS. DE ALTA EFICÁCIA E LONGA DURAÇÃO, O IMPLANTE SUBDÉRMICO SE DESTACA EM RELAÇÃO AOS MÉTODOS TRADICIONAIS.
MAS AFINAL, COMO FUNCIONA ESSE CONTRACEPTIVO E COMO SERÁ A DISTRIBUIÇÃO NA REDE PÚBLICA? A REPÓRTER ISABEL CRISTINA, EXPLICA TUDO AGORA.
O Implanon, implante contraceptivo subdérmico, será oferecido pelo Sistema Único de Saúde. A nova opção, que na rede particular pode custar de dois a quatro mil reais, é um método moderno, de alta eficácia e longa duração. O Implanon age no corpo da mulher por até três anos sem necessidade de manutenção ou uso diário, o que garante mais praticidade e comodidade. Passado esse período, o implante deve ser retirado por um profissional e, se a mulher quiser engravidar, a fertilidade volta rapidamente depois da remoção. Se preferir, é possível colocar um novo implante na mesma hora. Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o novo método representa um avanço importante na oferta de contraceptivos pelo SUS:
(Alexandre Padilha) "Muito mais eficaz do que outras formas de prevenir contra a gravidez, como o DIU, muito mais eficaz do que pílulas. Produto muito importante para saúde das mulheres. Essa decisão foi da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologia, a pedido do Ministério da Saúde, é feita essa incorporação. Já no segundo semestre desse ano, começar a utilizar o Implanon no SUS."
A ginecologista Ana Paula Noronha ressalta que, apesar da alta eficácia, o Implanom não é indicado para todas as mulheres, já que se trata de um medicamento cujo efeito pode variar de acordo com o organismo de cada pessoa. Segundo a médica, é indispensável consultar um ginecologista antes de optar pelo uso do implante, para avaliar se o método é realmente o mais adequado para o perfil da paciente.
(Ana Paula Noronha) "Tem que pensar que ele é individualizado, é um hormônio, é uma progesterona que tem dentro dele e que é a ação dessa progesterona é por 3 anos. Então, assim, é um método maravilhoso? Sim, mas todo ginecologista deve conversar com essa paciente sobre os benefícios, que isso a gente já sabe e sobre os efeitos colaterais que ele pode causar."
A portaria que confirma a inclusão do novo contraceptivo será divulgada em breve. Após a publicação, as áreas técnicas do Ministério da Saúde terão um prazo de até 180 dias para viabilizar a oferta, o que inclui etapas como a revisão de diretrizes clínicas, compra e distribuição do produto, além da qualificação e habilitação de profissionais de saúde, entre outras medidas necessárias. A meta do Ministério da Saúde é entregar um milhão e oitocentas mil unidades até 2026, sendo quinhetas mil já neste ano. O SUS oferece contraceptivos como DIU de cobre, preservativos masculinos e femininos, pílulas combinadas, pílulas de progestagênio, injetáveis mensais e trimestrais, laqueadura tubária e vasectomia. Com a supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Isabel Cristina.

