Senado começa a analisar nova política de governança da administração pública
A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor iniciou a análise do projeto que estabelece a política de governança da administração pública federal direta, autárquica e fundacional (PL 3995/2024). O relatório do senador Eduardo Braga (MDB - AM), apresentado nesta quarta-feira (18), ressalta o objetivo de entregar uma gestão pública mais eficiente, transparente e orientada para resultados. Foi concedida vista coletiva e a proposta deve voltar à pauta na próxima reunião da CTFC.

Transcrição
O SENADO COMEÇOU A ANALISAR O PROJETO QUE ESTABELECE UMA NOVA POLÍTICA DE GOVERNANÇA DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA.
O RELATÓRIO FOI APRESENTADO NESTA QUARTA-FEIRA NA COMISSÃO DE TRANSPARÊNCIA, GOVERNANÇA, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE E DEFESA DO CONSUMIDOR. REPÓRTER MARCELA DINIZ.
Entregar um serviço público mais eficiente, digital, transparente e orientado para resultados é o objetivo do projeto que estabelece a política de governança da administração pública federal direta, autárquica e fundacional.
Apresentada em 2017 pelo então governo Temer, a partir de sugestões do Tribunal de Contas da União, a proposta foi aprovada no ano passado na Câmara dos Deputados.
O texto apresenta diretrizes que deverão orientar o poder público, como a simplificação, a modernização e a integração de serviços e o monitoramento de desempenho. Na avaliação do relator, senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, o projeto de lei concretiza, vinte e sete anos depois, o objetivo da Reforma Administrativa de 1998, que incluiu a eficiência entre os princípios da gestão pública.
(senador Eduardo Braga) "Ele funciona como a tradução infraconstitucional dos valores instituídos na Emenda Constitucional número 19, oferecendo um marco normativo claro, sistemático e aplicável à realidade administrativa. Que as ações do Estado estejam alinhadas à produção de resultados efetivos, eficientes e orientados ao interesse coletivo."
Eduardo Braga enfatizou que a nova política de governança não trará aumento de gastos. Ao contrário, segundo ele, poderá colaborar com a melhoria da qualidade desses investimentos.
(senador Eduardo Braga) "Ao estabelecer instrumentos de governança, como planejamento estratégico, auditoria, controle interno e gestão de riscos, a proposta contribui diretamente para o uso mais racional e eficiente dos recursos públicos."
Além do governo federal, as regras da nova política de governança vão valer para o nível federal dos Poderes Legislativo e Judiciário; além do TCU, do Ministério Público da União e da Defensoria Pública da União.
Se aprovada pela Comissão de Fiscalização e Controle, a proposta seguirá para a Comissão de Constituição e Justiça. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

