Senadores discutem fortalecimento do Programa Espacial Brasileiro — Rádio Senado
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Senadores discutem fortalecimento do Programa Espacial Brasileiro

Senadores, especialistas e representantes do setor defenderam o fortalecimento do Programa Espacial Brasileiro durante audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado. Entre os pontos destacados estão o aumento de investimentos, a continuidade de projetos estratégicos e o uso de tecnologias espaciais em políticas públicas. O presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antonio Chamon, destacou o potencial do país e parcerias com a Embrapa para o desenvolvimento de agricultura no espaço. Já o senador Astronauta Marcos Pontes (PL-SP) cobrou prioridade orçamentária para garantir a presença do Brasil em áreas estratégicas como defesa, meio ambiente e comunicações.

12/06/2025, 11h49 - atualizado em 12/06/2025, 12h08
Duração de áudio: 02:27
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
O PROGRAMA ESPACIAL BRASILEIRO FOI TEMA DE AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO SENADO. ESPECIALISTAS E REPRESENTANTES DO SETOR DEFENDERAM AUMENTO DE INVESTIMENTOS E UMA POLÍTICA DE ESTADO PARA O SETOR. REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO. Mais do que uma iniciativa tecnológica, o Programa Espacial Brasileiro foi defendido por senadores e especialistas como um instrumento estratégico para o desenvolvimento econômico, social e científico do país. O tema foi debatido em audiência pública na Comissão de Ciência e Tecnologia do Senado, a pedido dos senadores Astronauta Marcos Pontes, do PL de São Paulo, e Flávio Arns, do PSB do Paraná. Ex-ministro da Ciência e Tecnologia, senador Marcos Pontes defendeu recursos para o setor e criticou os sucessivos cortes no Orçamento. Para ele, o Brasil precisa ampliar a presença no espaço para gerar impactos positivos em diversas áreas. (Senador Marcos Pontes) “É óbvio que um país como o nosso precisa ter um programa espacial forte, que atinge positivamente muitos setores como agricultura, defesa, meio ambiente, comunicações. E o Brasil ainda sofre muito pela falta de financiamento. E o Brasil não pode ficar com o programa espacial fraco, precisa aumentar — e muito — esse nosso programa.”  O diretor substituto do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, Adenilson Roberto da Silva, alertou que a interrupção de projetos e a escassez de pessoal qualificado comprometem o avanço do setor. Segundo ele, um ano sem orçamento pode atrasar em três anos a entrega de satélites, por exemplo. Já o presidente da Agência Espacial Brasileira, Marco Antonio Chamon, destacou o potencial do país ao citar o recente acordo com a Embrapa para o desenvolvimento de agricultura no espaço. A iniciativa prevê missões humanas permanentes na Lua nos próximos anos. (Marco Antonio Chamon) “O mundo está indo na direção de colonizar a Lua. Talvez seja uma palavra forte, mas ter bases permanentes humanas na Lua. Quando isso acontecer, nós teremos necessidade de água, energia, oxigênio e comida no espaço exterior. Nós temos a Embrapa no Brasil, e a Embrapa e a Agência Espacial Brasileira entraram em acordo para desenvolvimento de agricultura no espaço.” O Brasil mantém cooperação com países como Estados Unidos, Índia e China, e vem avançando no uso da base de Alcântara, no Maranhão — considerada uma das mais bem localizadas do mundo para lançamentos.  Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, reportagem de Henrique Nascimento.

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