Junho Vermelho: mês celebra o Dia Mundial do Doador de Sangue
O mês de junho é marcado pela campanha Junho Vermelho, que busca conscientizar a população sobre a importância da doação de sangue. A mobilização ganha força no dia 14, quando se comemora o Dia Mundial do Doador de Sangue. Segundo o presidente do Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, o período de frio e o aumento de doenças respiratórias contribuem para a redução no número de doadores. Ele destaca a importância das doações regulares, não apenas para manter os estoques de concentrado de hemácias — fundamentais em cirurgias e atendimentos de emergência —, mas também de plaquetas, que têm validade de apenas cinco dias e são essenciais em tratamentos como leucemia e transplantes.

Transcrição
JUNHO VERMELHO É O MÊS DEDICADO À CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE A IMPORTÂNCIA DA DOAÇÃO DE SANGUE.
E NO DIA 14, DATA EM QUE SE CELEBRA O DIA MUNDIAL DO DOADOR, O ALERTA GANHA AINDA MAIS FORÇA: UM GESTO SIMPLES PODE SALVAR VIDAS. OS DETALHES COM A REPÓRTER ISABEL CRISTINA.
Neste 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue, a campanha Junho Vermelho destaca um gesto que salva vidas: doar sangue. Uma única doação pode ajudar até quatro pessoas em situações críticas. Doar sangue é um ato solidário e essencial para a realização de transplantes, cirurgias e tratamentos de doenças graves. No entanto, os hemocentros enfrentam desafios nesta época do ano. Junho é considerado um período crítico para os bancos de sangue. Com a chegada do frio e a aproximação das férias, muitos doadores deixam de comparecer. Ao mesmo tempo, aumentam os casos de doenças respiratórias, o que também contribui para a redução nas doações. O presidente do Hemocentro de Brasília, Osnei Okumoto, alerta que, apesar da queda nos estoques, a demanda por sangue continua alta. Segundo ele, neste momento, há uma necessidade urgente de doadores com sangue fator RH negativo.
(Osnei Okumoto) "Todas as vezes que nós temos um estoque crítico de um determinado tipo de sangue, a gente abre, essa possibilidade da senha, estar disponível para esses tipos de sangue. Então, nesse momento, terá senha prioritária todo sangue negativo até o dia 30."
A universitária Joyce Teles fez sua primeira visita a um hemocentro ainda no ensino médio, em 2018, durante uma atividade escolar. Desde então, o gesto se tornou um hábito: ela doa sangue três vezes por ano.
(Joyce Teles) "Doar se tornou uma motivação na minha vida. Tanto a me manter muito bem de saúde para sempre estar apta a doar, como é sempre um dia que eu vou muito feliz. Eu sempre marco: "Ai, amanhã eu vou doar sangue". E eu vou toda feliz. É um ato muito importante e é uma coisa tão simples, porque é uma coisa que tá em você e que pode, de fato, salvar a vida do outro. A minha primeira doação, assim que eu fiz 18 anos, fiz o meu cadastro para ser doadora de medula também."
Apesar da vontade de ajudar, Maria Creusa nunca pôde doar sangue por conta de problemas de saúde. Mas ela entende a importância desse gesto. O irmão dela, diagnosticado com anemia falciforme, viveu até os 48 anos graças às transfusões regulares que recebeu ao longo da vida.
(Maria Creusa) "Nunca pude doar. Perdi meu irmão pela anemia falciforme e sinto profunda gratidão por quem doou para ele. Às vezes, a situação dele era tão grave que ele chegou a receber até seis bolsas de sangue de uma só vez. Por isso que carrego essa dor de não poder retribuir as doações."
Antes de doar, é importante verificar se você atende aos requisitos básicos, como idade, peso e boas condições de saúde. Também é essencial consultar os possíveis impedimentos temporários ou definitivos. Procure o hemocentro mais próximo, confirme os horários de funcionamento e, se necessário, faça o agendamento com antecedência. Com supervisão de Maurício de Santi, da Rádio Senado, Isabel Cristina.

