Governo espera que aumento do IOF não seja derrubado pelo Congresso
As lideranças do governo se mobilizam para evitar a derrubada do aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) para operações de crédito de empresas, remessas para o exterior e na compra de moeda estrangeira e com cartões de crédito internacionais. Pelo menos 20 projetos já foram apresentados para invalidar a taxação. O relator do Orçamento de 2025, senador Angelo Coronel (PSD-BA), disse que a equipe econômica deve cortar os gastos e não aumentar impostos para equilibrar as contas públicas. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) esclareceu que o aumento do IOF é específico para seguradoras e bancos. Ele acrescentou que o próprio governo poderá rever esse aumento, se encontrar outras fontes de arrecadação.

Transcrição
GOVERNO TENTA EVITAR DERRUBADA DO AUMENTO DO IOF, IMPOSTO SOBRE OPERAÇÕES FINANCEIRAS, ANUNCIADO PARA GARANTIR O CUMPRIMENTO DA META FISCAL.
DIVERSOS PROJETOS JÁ FORAM APRESENTADOS NO CONGRESSO NACIONAL PARA BARRAR O AUMENTO DO TRIBUTO, QUE ATINGE OS EMPRÉSTIMOS PESSOAIS E DE EMPRESAS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
As lideranças do governo tentam evitar a derrubada do aumento do IOF, Imposto sobre Operações Financeiras.
Além do bloqueio de quase R$ 11 bilhões e do contingenciamento de cerca de R$ 21 bilhões no Orçamento deste ano, a equipe econômica anunciou uma elevação do IOF para operações de crédito de empresas, remessas para o exterior e na compra de moeda estrangeira e com cartões de crédito internacionais.
Diante da repercussão negativa, o governo desistiu de aumentar o imposto para o envio de recursos de fundos para investimentos internacionais.
No Congresso Nacional, diversos partidos se articulam para derrubar esse decreto do IOF.
O senador Angelo Coronel, do PSD da Bahia, que foi o relator do Orçamento de 2025, defendeu que o governo reduza os gastos e não eleve imposto para aumentar a arrecadação. Ele descartou cortes nas emendas parlamentares.
O governo tem que reduzir os seus gastos para poder ão ter que aumentar impostos para pagar essa conta porque não pode um gastar e o mercado tem que bancar. Esse equilíbrio é que tem que haver. Tem que analisar todas as despesas do governo para ver onde é que podem ser cortadas para poder não ficar somente a emenda sendo o grande discurso, que o problema é a emenda. O problema não é a emenda. O problema são os gastos que são feitos e que podem ser tratados como mais rigor para reduzir e não ter que o mercado pagar essa conta.
O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, admitiu que a equipe econômica está buscando outras fontes para substituir a taxação. Mas afirmou que se mantido, o aumento do IOF não vai atingir toda a população, mas setores específicos.
Que nós possamos garantir o cumprimento das metas que compõem o arcabouço fiscal. Se não houver nenhum tipo de recurso novo, isso vai se tornar muito difícil. O IOF é um imposto que não tem uma grande repercussão quando é aplicado sobre as pessoas. Quem realmente chia são as seguradoras e os bancos. Então, o que nós estamos discutindo é que se as seguradoras e os bancos vão pagar um pouco mais para que nós tenhamos um equilíbrio fiscal.
O Ministério da Fazenda anunciou um resgaste de R$ 1,4 bilhão do Fundo Garantidor de Operações - FGO - e do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo - FGEDUC - em substituição à cobrança sobre os fundos para investimentos internacionais. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

