Ministro dos Transportes detalha prioridades em rodovias, ferrovias e portos para os próximos dois anos
O ministro dos Transportes, Renan Filho, apresentou nesta terça-feira (20) o plano de trabalho da pasta para os próximos dois anos em audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado. Entre as prioridades estão a ampliação da malha rodoviária, o avanço das ferrovias — como a Transnordestina, a FIOL e a FICO —, além da modernização da infraestrutura portuária e aeroportuária. Os senadores questionaram a execução orçamentária, a retomada de obras paralisadas e os desafios da integração multimodal. O presidente da comissão, senador Marcos Rogério (PL-RO), apontou a necessidade de mais investimentos em armazenagem e logística, enquanto o ministro defendeu o planejamento integrado como base para atrair concessões e impulsionar o desenvolvimento.

Transcrição
EM AUDIÊNCIA NA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA , O MINISTRO DOS TRANSPORTES APRESENTOU AS PRIORIDADES DO GOVERNO PARA OS PRÓXIMOS DOIS ANOS. REPÓRTER HENRIQUE NASCIMENTO.
O plano apresentado pelo ministro dos Transportes, Renan Filho, inclui metas e investimentos em diferentes frentes da infraestrutura da área no país. Entre os destaques estão a ampliação da malha rodoviária, a retomada do transporte hidroviário e a modernização dos portos e aeroportos. O ministro também destacou a evolução do setor ferroviário, citando obras em andamento como prioridade do governo.
Hoje, nós temos a Transnordestina em obra voando, nós temos 3.500 trabalhadores lá no momento, trabalhando com 72% da fase 1 executado, é a maior obra linear do país de infraestrutura. A FICO, que liga Mara Rosa em Goiás a Água Boa. E também a FIOL de Caetité a Barreiras, na Bahia, que também tá com 70% de obras executadas.
A audiência foi solicitada pelo senador Confúcio Moura, do MDB de Rondônia, que considera essencial o alinhamento entre as políticas públicas e as necessidades regionais.
O presidente da Comissão de Infraestrutura, senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, ressaltou as dificuldades logísticas enfrentadas por produtores e o desafio de integrar os diferentes modais de transporte no país.
“Nós temos modais que não se comunicam, que não se falam. Mais recentemente, nós estamos avançando para isso, com a integração multimodal. Mas, além disso, a infraestrutura de armazenamento que nós também não temos. E aí o nosso produto, que é um produto de excelência, acaba sendo vendido, comercializado com um preço menor, porque não há espaço para negociação, porque você tem que produzir e o seu depósito é a carroceria de um caminhão.”
Durante a audiência, os senadores também cobraram a retomada de obras paradas e questionaram o avanço das concessões e a liberação de recursos para investimentos no setor. Renan Filho afirmou que busca soluções integradas para garantir eficiência no escoamento da produção, reduzir custos logísticos e atrair novos investimentos.
Com supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, reportagem de Henrique Nascimento.