Lei de Reciprocidade Comercial será ferramenta importante em meio a tarifaço de Trump, diz Tereza Cristina
Em meio à imposição de taxas do governo dos Estados Unidos, chamado de "tarifaço de Trump", o presidente Lula sancionou, no início de abril, a Lei de Reciprocidade Comercial, que permite a adoção de medidas de retaliação a países ou blocos econômicos que criarem medidas de restrição às exportações brasileiras. Para a senadora Tereza Cristina (PP-MS), o momento atual é de negociação com outras potências. Segundo a senadora, que foi relatora do projeto que deu origem à lei, a legislação protege o país, mas ainda será preciso diálogo entre as nações.

Transcrição
SANCIONADA NO INÍCIO DE ABRIL, A LEI DE RECIPROCIDADE COMERCIAL SERÁ UMA FERRAMENTA IMPORTANTE PARA O PAÍS EM MEIO AO TARIFAÇO DE TRUMP, DIZ A RELATORA DO PROJETO NO SENADO. REPÓRTER MARIA BEATRIZ GIUSTI
Em meio à imposição de taxas do governo dos Estados Unidos , chamado de tarifaço de Trump, o presidente Lula sancionou, no início de abril, a Lei de Reciprocidade Comercial. A lei permite que o governo adote medidas de retaliação a países ou blocos econômicos que criarem medidas de restrição às exportações brasileiras.
A lei pretende criar condições para que o Brasil reaja a pressões externas que pretendem influenciar políticas internas. Além disso, a iniciativa busca fortalecer a autonomia do país em disputas comerciais.
Segundo a relatora do projeto no Senado, a senadora Tereza Cristina, do PP de Mato Grosso do Sul, o tema já estava em tramitação no Congresso desde 2023, antes das ações tomadas por Trump.
O projeto, ele foi baseado no muito no que a Europa queria, na verdade, retaliar o Brasil com a lei anti desmatamento. Então, ele foi pensado lá atrás como o Brasil se proteger e principalmente os produtos do agro brasileiro contra retaliações desmedidas ou descabidas
Para Tereza Cristina, o momento atual é de negociação com outras potências. De acordo com a senadora, a Lei de Reciprocidade protege o país, mas ainda será preciso diálogo entre as nações, em especial com os Estados Unidos.
O que as grandes potências vão fazer? Como é que essas pedras vão se mexer nesse tabuleiro e o Brasil tem que ganhar, vamos dizer assim, é, as oportunidades que vão surgir pro mercado brasileiro é com os mais de 160 países que a gente tem comércio, como é que isso vai se acomodar? Então, eu acho que é um momento de cautela, de muita observação, olhar e de muita negociação. O Brasil vai precisar negociar alguns pontos e eu tenho certeza que nós vamos para a mesa de negociação daqui a pouco também com os Estados Unidos.
Antes de implementar uma contramedida comercial, o governo deve realizar consultas públicas com as partes interessadas e definir prazos para análise das propostas. Sob a supervisão de Samara Sadeck, da Rádio Senado, Maria Beatriz Giusti.

