Senado pode debater reivindicações de entregadores de aplicativos
A Comissão de Assuntos Sociais reunirá representantes de trabalhadores, de plataformas digitais e do governo em uma audiência pública sobre os direitos dos motofretistas e motoristas por aplicativo. O mês de abril começou com o "Breque dos apps", greve nacional da categoria que reivindica, entre outros pontos, uma taxa mínima de R$ 10 por corrida; reajuste do quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; e limite de 3 km para a atuação das bicicletas. A senadora Leila Barros (PDT-DF) declarou que o Senado tem o dever de acolher esses trabalhadores e discutir o trabalho precário. Ainda não há data para o debate.

Transcrição
ENTREGADORES DE APPS COMEÇARAM O MÊS DE ABRIL COM UMA PARALISAÇÃO NACIONAL POR MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO.
AS REIVINDICAÇÕES DA CATEGORIA CHEGARAM AO SENADO E SERÃO DEBATIDAS NA COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS. REPÓRTER MARCELA DINIZ.
O dia primeiro de abril foi marcado pelo "Breque dos apps", greve nacional dos entregadores que trabalham via plataformas digitais. Eles reclamam das condições precárias de trabalho e reivindicam uma taxa mínima de R$ 10 por corrida; reajuste do quilômetro rodado de R$ 1,50 para R$ 2,50; limite de 3 quilômetros para a atuação das bicicletas; e o pagamento por cada pedido, quando diversas entregas são agrupadas em uma mesma rota.
O grito dos entregadores chegou ao Senado e a Comissão de Assuntos Sociais, a pedido da senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, vai ouvir em uma audiência pública representantes dos trabalhadores, das plataformas digitais e do governo.
(senadora Leila Barros) "A gente teve uma paralisação do setor; os mototaxistas e motofretistas são fundamentais para o nosso dia a dia, para trazer um medicamento, um alimento e, realmente, a gente tem que debater. Acontece um acidente, ele, simplesmente, não tem nenhum direito garantido. Enfim, temos o dever dentro dessa Casa de acolhê-los, ouvi-los e, claro, o governo, os representantes das plataformas, enfim, abrir o diálogo em torno de tudo que envolve esse setor que é muito importante para a nossa sociedade."
Ainda não há data prevista para o debate na Comissão de Assuntos Sociais. Em 2023, de acordo com o IBGE, o Brasil possuía um milhão e meio de entregadores de comida e produtos ou motoristas de aplicativo. Um estudo do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento revelou que cerca de 68% dos entregadores são negros e 40% têm menos de 30 anos. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

