Comissão vai discutir restrições para operações policiais em favelas
A Comissão de Segurança Pública debate na terça-feira, às duas da tarde, as restrições impostas pelo Supremo Tribunal Federal às operações policiais no Rio de Janeiro. O STF deve decidir até a próxima semana se confirma ou se altera as medidas definidas para reduzir a letalidade policial, a exemplo da restrição do uso de helicópteros como plataforma de tiro. O presidente do colegiado, Flávio Bolsonaro (PL-RJ), convidou representantes das forças policiais e de empresas do estado para a audiência pública.

Transcrição
A COMISSÃO DE SEGURANÇA PÚBLICA DEBATE NA TERÇA-FEIRA AS RESTRIÇÕES IMPOSTAS PELO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL PARA OPERAÇÕES POLICIAIS NO RIO DE JANEIRO.
A CORTE DEVE DECIDIR ATÉ A PRÓXIMA SEMANA SE CONFIRMA OU SE ALTERA AS MEDIDAS DEFINIDAS PARA REDUZIR A LETALIDADE POLICIAL, A EXEMPLO DA RESTRIÇÃO DO USO DE HELICÓPTEROS COMO PLATAFORMA DE TIRO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
O Partido Socialista Brasileiro entrou com uma ação em 2019 no Supremo Tribunal Federal questionando a letalidade policial no Rio de Janeiro. Em 2020, o ministro Edson Fachin restringiu as operações policiais no estado durante a pandemia de covid-19, salvo em casos excepcionais e devidamente justificados. O STF recomendou ainda o uso de câmeras corporais, o fim de ações próximas a escolas e hospitais e a obrigatoriedade de operações planejadas e justificadas. A Polícia Civil do Rio de Janeiro destacou um aumento de 300% dos ataques a aeronaves policiais, como o que atingiu na cabeça o copiloto de um helicóptero na última quinta-feira. Segundo a corporação, ficou praticamente impossível utilizar os helicópteros como plataformas de tiro para proteção das equipes em terra, o que encoraja os bandidos. O presidente da Comissão de Segurança Pública, senador Flávio Bolsonaro, do PL do Rio de Janeiro, diz que é importante ouvir a opinião das forças policiais sobre o assunto, o que será feito na audiência pública na terça-feira à tarde.
O Supremo retoma na próxima semana o julgamento dessa ação, e lá no Rio de Janeiro nós estamos sofrendo demais com os efeitos dela. Gostaria de trazer aqui os profissionais da segurança pública.
Além de policiais, a audiência pública deverá contar com representantes da empresa Logística Brasil, do Sindicato do Transporte de Cargas e da Associação dos Supermercados do Rio de Janeiro. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.