Líder do governo garante que isenção do IR para salários de até R$ 5 mil não aumentará tributos para quem está fora dessa faixa — Rádio Senado
Economia

Líder do governo garante que isenção do IR para salários de até R$ 5 mil não aumentará tributos para quem está fora dessa faixa

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), reforçou que a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais não vai representar aumento de tributos em geral. Ele explicou que a compensação será feita com a taxação de valores superiores a R$ 50 mil mensais provenientes de dividendos. O projeto, que vai livrar 10 milhões de trabalhadores de pagar imposto a partir do ano que vem, foi enviado para o Congresso Nacional nesta terça-feira (18). Ao citar que essa isenção foi uma iniciativa do governo Bolsonaro, o senador Marcos Rogério (PL-RO) declarou que a oposição deverá votar favoravelmente à proposta desde que não haja aumento de imposto em geral para bancar o benefício.

18/03/2025, 19h34 - atualizado em 18/03/2025, 20h21
Duração de áudio: 03:15
Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Transcrição
LÍDER DO GOVERNO DIZ QUE A ISENÇÃO DO IMPOSTO DE RENDA PARA SALÁRIOS DE ATÉ R$ 5 MIL MENSAIS NÃO VAI AUMENTAR O TRIBUTO PARA QUEM ESTIVER FORA DESSA FAIXA. OPOSIÇÃO SINALIZA VOTAR A FAVOR DA PROPOSTA DESDE QUE NÃO HAJA ELEVAÇÃO DA CARGA TRIBUTÁRIA. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O presidente Lula enviou ao Congresso Nacional o projeto que vai isentar do Imposto de Renda a partir de janeiro do ano que vem quem recebe até R$ 5 mil mensais. Hoje, os salários de R$ 2.259,20 não pagam tributo. Segundo o governo, 10 milhões de pessoas serão beneficiadas com a nova isenção, ou 26 milhões de contribuintes totalmente isentos. De acordo com o projeto, quem recebe acima de R$ 5 mil até R$ 7 mil terá um desconto parcial. A partir deste valor até R$ 50 mil, a tabela de descontos segue a mesma de 7,5%; 15%; 22,5% e 27,5%. A equipe econômica estima uma renúncia de R$ 27 bilhões, que serão compensados com a cobrança de impostos de quem tem rendimentos acima de R$ 50 mil mensais ou R$ 600 mil anuais. Essa tributação será progressiva a partir de 2,5% até o limite de 10% para rendas de R$ 1,2 milhão por ano. O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, reforçou que a isenção para salários de até R$ 5 mil não vai significar a criação ou aumento de impostos em geral.  Aí pelo amor de Deus! Quem ganha acima de R$ 600 mil por ano não querendo dar. Começa uma escala e vai subindo, aí vai quem ganha R$ 1 milhão, R$ 2 milhões, R$ 100 milhões por ano, é esse pessoal, que a gente não tem nada contra e que tem o mrérito de ganhar dinheiro fruto do seu trabalho, das suas empresas. Mas nós não podemos ter um oásis no meio do deserto, um oásis de super hiper ricos no meio de um deserto de gente extremamente pobre. Ao citar que a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil não é uma novidade e que deverá ter o apoio da oposição, o senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, disse que o projeto poderá ser alterado caso signifique aumento da carga tributária.  A proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil já era uma proposta da equipe econômica do governo Bolsonaro, então, não tem porque votar contra essa proposta. Pelo contrário, nós temos que ampliar a revisão da tabela do Imposto de Renda e a minha posição é favorável a essa proposta. Agora cabe ao governo dizer ao Congresso qual vai ser a fonte de custeio. Eu acho que quanto à aprovação dessa matéria, não haverá dificuldade. A discussão aqui é justamente o enquadramento da fonte de custeio para essa renúncia. Além da compensação pela cobrança de impostos de salários superiores a R$ 50 mil, o projeto inclui na taxação aluguéis e dividendos de empresas pagos a acionistas. Pela proposta, continuam livres do Imposto de Renda os valores referentes à poupança, herança, aposentadoria, pensão de moléstia grave, venda de bens, rendimentos mobiliários e títulos isentos e indenizações. O projeto será votado na Câmara dos Deputados e em seguida pelo Senado. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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