Com pedidos de indiciamento, relatório da CPI da Manipulação de Jogos é apresentado

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O RELATÓRIO DA CPI DA MANIPULAÇÃO DE JOGOS FOI APRESENTADO NESTA TERÇA-FEIRA. COM PEDIDOS DE INDICIAMENTO E SUGESTÕES DE PROJETOS DE LEI, O DOCUMENTO DEVE SER VOTADO NA QUARTA-FEIRA. REPÓRTER PEDRO PINCER O relatório final da CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas foi apresentado nesta-terça-feira. No documento, que tem a votação prevista para quarta-feira, o senador Romário, do PL do Rio De Janeiro, relator da CPI, pede o indiciamento dos empresários William Pereira Rogatto e Thiago Chambó Andradede, e de Bruno Tolentino por manipulação de resultados. Bruno é tio do jogador Lucas Paquetá, que atua no futebol inglês. De acordo com o relator, a CPI evidenciou que praticamente todos os recentes escândalos de manipulação de competições estavam relacionados com apostas em eventos isolados, especialmente envolvendo atletas consagrados. Ele defendeu a restrição dessa atividade e recomendou que as entidades esportivas informem os atletas sobre a legislação em vigor e eventuais punições. De fato, o cenário atual do futebol brasileiro se encontra em um momento delicado e preocupante, no qual a integridade do esporte mais popular do planeta está sendo constantemente questionada. Casos recentes de manipulação de resultados, apostas irregulares e esquemas criminosos têm abalado a confiança dos torcedores, patrocinadores e demais agências do meio esportivo. Essa descrença ameaça os pilares fundamentais do futebol, que deve ser uma competição justa e uma fonte de entretenimento. O relatório final vai propor mudança na constituição para que seja obrigatório o comparecimento de qualquer cidadão nas CPIs, inclusive com a possibilidade do uso de força policial, e ainda projeto de lei para aumentar a pena do crime de fraude para resultado em evento esportivo para até dez anos de prisão e multa. Outro projeto restringe a oferta de apostas em eventos isolados que ocorram durante eventos esportivos, atual fonte de problemas, como explicou Romário. Essas apostas pontuais criam um ambiente propício para manipulação, no qual apostadores e grupos criminosos podem facilmente influenciar pequenos eventos dentro de um jogo, sem necessariamente afetar o resultado da partida. De fato, é preciso restringir a oferta de apostas em eventos isolados como forma de proteger a integridade do esporte Entre as recomendações do documento, estão que o Ministério da Fazenda torne efetivas as regras de propaganda e publicidade com requisitos mínimos para proteger, sobretudo, o público menor de 18 anos; que  o governo aprimore o fluxo de informações para dar eficiência para os processos de comunicação e de denúncias de indícios de manipulação de resultados; e que a CBF estabeleça critérios mais claros e transparentes nas decisões dos árbitros de vídeo e melhore a tecnologia do VAR. Da Rádio Senado, Pedro Pincer