CCJ analisa proposta que dá a cartórios o poder de cobrar dívidas
Os cartórios poderão cobrar dívidas. É o que diz projeto de lei (PL 6204/2019) que está em análise na Comissão de Constituição e Justiça. A proposta da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) é citada pelo governo federal como uma das prioridades legislativas. Soraya calcula uma economia de pelo menos R$ 65 bilhões para os cofres públicos com a medida, além da redução do tempo médio para a recuperação do crédito.

Transcrição
OS CARTÓRIOS PODERÃO COBRAR DÍVIDAS. É O QUE DIZ PROJETO DE LEI QUE ESTÁ EM ANÁLISE NA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA.
A PROPOSTA É CITADA PELO GOVERNO FEDERAL COMO UMA DAS PRIORIDADES LEGISLATIVAS. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
O projeto que concede aos cartórios o poder de cobrar dívidas é da senadora Soraya Thronicke, do Podemos de Mato Grosso do Sul, e aguarda votação na Comissão de Constituição e Justiça. A proposta cria uma via alternativa de cobrança de créditos, na figura do agente de execução, representada pelo tabelião titular do cartório de protesto de títulos. Quando a senadora apresentou a proposta, em 2019, ela citou que apenas 14,9% dos processos de execução de dívidas na Justiça terminavam na cobrança concluída. E que essas execuções de títulos judiciais e extrajudiciais representavam quase 20% de todas as demandas no Poder Judiciário. Soraya pediu apoio para sua iniciativa.
É importante que ele tramite, que ele caminhe, porque vai ser um grande marco para desafogar os nossos tribunais, e a economia que faremos será impressionante. Esse projeto de lei tem o apoio do Ministro Barroso, tem o apoio do Ministro Fux, tem o apoio da Febraban, tem o apoio do Ministro Fernando Haddad e vai simplesmente desafogar o Poder Judiciário, majoritariamente nas ações de cumprimento de sentença e nas execuções, em que não há necessidade de decisão jurisdicional.
Soraya Thronicke calcula uma economia de pelo menos 65 bilhões de reais para os cofres públicos com a medida, além da redução do tempo médio para a recuperação do crédito, que era de cerca de 5 anos. Ela disse que a substituição do Judiciário pelo agente de execução é adotada com sucesso em vários países. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.