Líder diz que governo vai apresentar pauta prioritária a Alcolumbre
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), disse que o presidente Lula deverá apresentar nos próximos dias ao novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a pauta prioritária do Palácio do Planalto. Entre os destaques estão o Orçamento de 2025, a isenção da cobrança do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil e o Plano Nacional de Educação. Segundo Jaques Wagner, o presidente Lula espera uma relação institucional harmoniosa com o Congresso Nacional. Já o senador Marcos Rogério (PL-RO) ressaltou que a oposição terá um protagonismo maior nesses próximos dois anos.

Transcrição
LÍDER DO GOVERNO DIZ QUE VAI NEGOCIAR COM O NOVO PRESIDENTE DO SENADO A PAUTA DO PALÁCIO DO PLANALTO.
JÁ A OPOSIÇÃO DESTACA O PROTAGONISMO COM A OCUPAÇÃO DE CARGOS RELEVANTES, COMO A PRESIDÊNCIA DE TRÊS COMISSÕES. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, deverá apresentar nos próximos dias ao novo presidente do Senado, Davi Alcolumbre, a pauta considerada prioritária pelo Palácio do Planalto. Segundo ele, a Casa Civil está finalizando a lista dos projetos que deverão ser votados neste ano pelo Congresso Nacional. Entre eles, estão o Orçamento de 2025, o segundo projeto da regulamentação da Reforma Tributária, a isenção da cobrança do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais, o Plano Nacional de Educação, além de propostas relacionadas ao social, meio ambiente e tecnologia. Jaques Wagner esclareceu que o presidente Lula não se pocionou nas eleições para os comandos do Senado e da Câmara dos Deputados por entender que esse é um assunto do próprio Legislativo. Os partidos aliados, no entanto, declararam apoio a Davi Alcolumbre. Jaques Wagner destacou que o petista espera uma relação institucional harmoniosa que considere as prioridades do País.
Não é o governo que declarou apoio, foram os partidos que declararam apoio. O presidente Lula deixou claro que ele não não ia se meter nas eleições das duas Casas. Eventualmente, ele pode ter uma torcida, ter gostado mais ou menos. Acho que ele gostou do resultado até porque houve uma composição das duas Casas. Então, eu pessoalmente não vejo, não tivemos um problema nos dois primeiros anos. Não vejo problemas agora nesses dois anos vindouros. Mas não vejo nenhum problema com o Davi.
Ao contrário das eleições de 2023, a oposição optou por não lançar candidato próprio à Presidência do Senado neste ano. Ao anunciar apoio a Davi Alcolumbre, esses partidos foram incluídos num acordo sobre a divisão dos demais cargos da Mesa do Senado e dos comandos das comissões permanentes. O PL, por exemplo, vai assumir a primeira vice-presidência do Senado e presidência das Comissões de Serviços de Infraestrutura e de Segurança Pública. O senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, avalia que a oposição terá um protagonismo maior nesses próximos dois anos.
Mesmo na distribuição das relatorias estratégicas ao longo dos últimos dois anos, o PL ficou aleijado desse processo. Então, participar desse acordo neste momento está dando ao PL e aos partidos de oposição um protagonismo maior, mais presença nas comissões importantes, o PL com duas. Mas você tem, por exemplo, o Republicanos que assume a Comissão de Direitos Humanos. Então, eu acho que é um novo momento, é um novo tempo e que vai estabelecer aqui um tempo de maior altivez, de maior visibilidade para a oposição.
O presidente Lula deverá receber nos próximos dias os novos presidentes do Senado e da Câmara dos Deputados para tratar da pauta prioritária do governo. Já os partidos de oposição vão se reunir para definir os projetos que desejam aprovar no primeiro semestre. Da Rádio Senado, Hérica Christian.