Cerimônia de dois anos do 8 de janeiro marca a defesa pela democracia — Rádio Senado
8 de Janeiro

Cerimônia de dois anos do 8 de janeiro marca a defesa pela democracia

Em cerimônia no Palácio do Planalto pelos dois anos do 8 de janeiro, o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), declarou que esses ataques não podem ser esquecidos para não serem repetidos. O presidente Lula reforçou a união e a harmonia entre os Três Poderes em defesa do Estado Democrático de Direito. Já o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Roberto Barroso, representado no ato pelo ministro Edson Fachin, declarou que os culpados devem ser responsabilizados.

08/01/2025, 18h43 - ATUALIZADO EM 08/01/2025, 18h44
Duração de áudio: 03:39
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
EM CERIMÔNIA NO PALÁCIO DO PLANALTO PELOS DOIS ANOS DOS ATENTADOS OCORRIDOS NO OITO DE JANEIRO, OS PRESIDENTES DOS TRÊS PODERES DESTACAM O FORTALECIMENTO DA DEMOCRACIA. A SOLENIDADE TAMBÉM MARCOU A REINTEGRAÇÃO AO ACERVO DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA DE OBRAS DE ARTE QUE FORAM VANDALIZADAS HÁ DOIS ANOS E RESTAURADAS. REPÓRTER JÚLIA LOPES. Em cerimônia no Palácio do Planalto pelos dois anos dos ataques do 8 de janeiro de 2023, o presidente em exercício do Senado, Veneziano Vital do Rêgo, do MDB da Paraíba, afirmou que esses acontecimentos "não podem se repetir" e ressaltou a importância de fazer "justiça" aos integrantes dos Três Poderes, e das Forças Armadas, que não se "submeteram" ao que chamou de "intenções golpistas". Veneziano reforçou que é preciso lembrar sempre dos ataques para evitar a volta da ditadura. (Veneziano Vital do Rêgo) "Essa realidade do dia 8 de janeiro de 2023 precisa ser contada, reavivada, as mentes principalmente daqueles muitos brasileiros que ainda ousam em dizer que prefeririam os arbitrios do que conviver com a democracia. Nós precisamos demonstrar que viver com a liberdade de imprensa, de opinião, com a liberdade de viver com a contestação é melhor do que viver sob o manto de quaisquer ditaduras." O presidente Luiz Inácio Lula da Silva referenciou o filme "Ainda Estou Aqui" ao declarar que a democracia está viva. E destacou que o diálogo entre os Três Poderes deve ser uma constante harmonia.  (Luiz Inácio Lula da Silva) "É dia de dizermos em alto e bom som, ainda estamos aqui. E que a democracia está viva ao contrário do que planejavam os golpistas de 8 de janeiro de 2023. Se hoje estamos aqui é para renovar nossa fé no diálogo entre os opostos, na harmonia entre os três poderes e no cumprimento da constituição, é porque a democracia venceu." Representando o presidente da Câmara, Arthur Lira, a deputada Maria do Rosário, do PT do Rio Grande do Sul, afirmou que Brasília não é apenas um espaço físico, mas um símbolo da democracia que pertence a todos os brasileiros. (Maria do Rosário) "Porque, em verdade, mais do que espaços físicos, Brasília, a nossa capital, representa em cada um, em cada uma dessas obras, também o rosto e a história de cada brasileiro e brasileira que não recebeu a democracia como um legado, mas que a conquistou pela participação, pela força do seu trabalho, pela dedicação." Ao ler o discurso do presidente do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso, o ministro Edson Fachin, disse que o País não pode esquecer os ataques do 8 de janeiro.   (Ministro Edson Fachin) "Foram a face visível de um movimento subterrâneo que articulava um golpe de Estado. Foi a manifestação de um triste sentimento antidemocrático agravado pela intolerância e pela agressividade. Relembrar essa data com a gravidade que o episódio merece, constitui também o esforço para virarmos a página, mas sem arrancá-la da história. A maturidade institucional exige a responsabilização por desvios dessa natureza." O presidente Lula assinou o decreto que institui o Prêmio Eunice Paiva de Defesa da Democracia numa homenagem à esposa do ex-deputado Rubens Paiva, que atuou contra a ditadura militar. A cerimônia também marcou a reintegração de obras de artes destruídas no 8 de janeiro, a exemplo do relógio do século XVI e da tela "As mulatas" de Di Cavalcanti. Sob a supervisão de Hérica Chistian, da Rádio Senado, Júlia Lopes. 

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