Oposição avalia que vitória de Trump reforça direita, enquanto aliados de Lula minimizam impacto nas relações bilaterais — Rádio Senado
Eleições dos EUA

Oposição avalia que vitória de Trump reforça direita, enquanto aliados de Lula minimizam impacto nas relações bilaterais

Ao comentar a vitória de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, o senador Marcos Rogério (PL-RO) declarou que a volta do republicano à Casa Branca reforça o crescimento da direita em todo o mundo. Para Dr. Hiran (PP-RR), o empresário derrotou a atual vice-presidente Kamala Harris pelo desempenho ruim da economia norte-americana, que apresenta alta inflacionária. Já o senador Humberto Costa (PT-PE) avalia que a eleição de Trump é motivo de preocupação para todos os países ao destacar o negacionismo à ciência e às mudanças climáticas. O líder do governo, Randolfe Rodrigues (PT-AP), descartou problemas de relações diplomáticas com o republicano após manifestação favorável do presidente Lula a Kamala Harris poucos dias antes das eleições nos Estados Unidos.

06/11/2024, 19h36 - ATUALIZADO EM 06/11/2024, 21h12
Duração de áudio: 03:12
Gage Skidmore from Peoria, AZ, United States of America, CC BY-SA 2.0 <https://creativecommons.org/licenses/by-sa/2.0>, via Wikimedia Commons

Transcrição
SENADORES DA OPOSIÇÃO AVALIAM QUE ELEIÇÃO DE DONALD TRUMP REFORÇA O CRESCIMENTO DA DIREITA NO MUNDO. ALIADOS DE LULA DIZEM QUE O NOVO MANDATO DO REPUBLICANO NÃO VAI COMPROMETER AS RELAÇÕES COM O BRASIL. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN. O senador Marcos Rogério, do PL de Rondônia, avalia que a vitória do candidato republicano Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos reforça o crescimento da direita em todo o mundo.  A eleição de Donald Trump representa o fortalecimento da direita. Para mim, não só dos Estados Unidos, Trump, assim como Jair Bolsonaro no Brasil, ele enfrentou o sistema, enfrentou o stabilishment, acusações do Judiciário e conseguiu vencer, conseguiu dar a volta por cima num ambiente de muita desconstrução, de muito embate. Já o senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, considera que a volta de Donald Trump pode significar retrocessos, em especial, para a democracia, a ciência, por ele ser antivacina, e para o meio-ambiente, já que nega a existência das mudanças climáticas.  O primeiro governo Trump já foi responsável por produzir inúmeras crises no mundo inteiro.Acho que ele representa o estímulo às forças que são extremamente autoritárias, antidemocráticas, que vão se fortalecer nos diversos países do mundo, em particular aqui na América Latina. Com toda a certeza, nós vamos ter crises sucessivas permanentes, inclusive, do ponto de vista da saúde pública.  Para o senador Dr. Hiran, do PP de Roraima, a vitória de Donald Trump revelou a insatisfação dos norte-americanos com o desempenho da economia, que apresenta uma alta inflação.  A derrota da Kamala Harris foi um reflexo da fraqueza do governo Biden. Ela não conseguiu se desvencilhar desse desempenho fraco que foi o governo democrata. A gente não tem dúvida de que o mundo passa por ventos de conservadorismo, por ventos de centro-direita, e eu acho que foi por isso que o presidente Trump conseguiu o coração e a mente da maioria dos americanos. O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, do PT do Amapá, negou que a manifestação do presidente Lula em favor da candidata democrata Kamala Harris antes da eleição prejudique as relações diplomáticas e comerciais entre o Brasil e os Estados Unidos.  Não vejo qualquer razão para alterar as relações. O Brasil e os Estados Unidos têm mais de 200 anos de relação sempre estabelecida da melhor forma possível. Não tem razão para a alteração da relação política e da relação comercial. Não terá da parte do Brasil, vamos partir em frente. Obviamente, nós tínhamos as nossas preferências, mas é o resultado das eleições. E assim que democrata se comporta em democracia, reconhecendo o resultado das eleições e querendo que nações amigas mantenham o mesmo nível de relação.  Donald Trump de 78 anos foi presidente dos Estados Unidos entre 2017 e 2021 após dois mandatos do democrata Barack Obama. Ele assumirá o novo mandato no dia 20 de janeiro. Da Rádio Senado, Hérica Christian. 

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