Governança Global: do que se trata um dos temas principais do P20 e do G20?
A reforma nas instituições multilaterais, regulamentação da inteligência artificial e ampliação da participação feminina nas instâncias decisórias fazem parte da chamada nova Governança Global. A presidente da Comissão de Meio Ambiente, senadora Leila Barros (PDT-DF), também ressaltou a oportunidade que o Brasil tem, na presidência do G20, de incluir a agenda ambiental dentro de uma nova estrutura de poder.
Transcrição
A REFORMA NAS INSTITUIÇÕES MULTILATERAIS, A REGULAMENTAÇÃO DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL, MAIS DESTAQUE PARA A AGENDA AMBIENTAL E A AMPLIAÇÃO DA PARTICIPAÇÃO FEMININA NAS INSTÂNCIAS DECISÓRIAS FAZEM PARTE DA CHAMADA NOVA GOVERNANÇA GLOBAL.
E É UM DOS ASSUNTOS QUE SERÃO DISCUTIDOS NO P20 E NO G20. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO:
Com o Brasil no comando do G20, a questão da Governança Global ganhou um pouco mais de visibilidade. O presidente Lula defendeu uma reforma das instituições multilaterais, como Onu e Banco Mundial, e até a criação de um imposto global sobre os muito ricos. O comentarista internacional da Rádio Senado, Ivan Godoy, explicou que alguns países se sentem hoje pouco representados.
(Ivan Godoy) "O conselho de segurança tem 5 membros permanentes, que são os ganhadores da Segunda Guerra Mundial. Mas tem outros países, por exemplo, o Brasil. Índia é África do Sul que querem estar representados no conselho de segurança da ONU como membros permanentes, né? Aqueles membros que neste momento são 5 membros permanentes. Então isso é um exemplo da necessidade da maior presença e maior influência de ser ouvida a opinião de mais países e não de um pequeno grupo de países nos grandes temas internacionais"
A presidente da Comissão de Meio Ambiente do Senado, senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, ressaltou a importância de se incluir a agenda ambiental dentro de uma nova estrutura de poder:
(senadora Leila Barros) "Na Presidência do G20, o Brasil tem a possibilidade de aproveitar esses processos e explorá-lo como oportunidade para promover o país e suas potencialidades, sendo um grande provedor de serviços ecossistêmicos ao mundo, e de acelerar um processo de transformação para uma economia de baixo carbono, gerando renda e investimentos, em especial para as populações locais mais vulneráveis."
A regulamentação da inteligência artificial e a ampliação da participação feminina nas instâncias decisórias são outras pautas do movimento que busca uma nova Governança Global. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.