Senado discute campanha sobre combate à violência contra a mulher — Rádio Senado
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Senado discute campanha sobre combate à violência contra a mulher

Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, detalhou a campanha “Feminicídio Zero” que tem o objetivo de engajar a sociedade no combate à violência de gênero e incentivar a denúncia de agressões contra mulheres. Ela declarou que apenas a mobilização social poderá prevenir as agressões contra o público feminino.

31/10/2024, 16h20
Duração de áudio: 02:30
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DO SENADO DISCUTIU EM AUDIÊNCIA PÚBLICA A CAMPANHA DO “FEMINICÍDIO ZERO”. LANÇADA EM AGOSTO, A INICIATIVA BUSCA MOBILIZAR A SOCIEDADE NO COMBATE À VIOLÊNCIA DE GÊNERO E INCENTIVAR A DENÚNCIA DE TODA FORMA DE AGRESSÃO CONTRA AS MULHERES. REPÓRTER PAULO BARREIRA. Em audiência pública na Comissão de Direitos Humanos, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, apresentou a campanha “Feminicídio Zero” para que a sociedade não tolere nenhum tipo de violência contra elas. Lançada em agosto, mês dedicado à conscientização sobre o fim da violência contra a mulher e que marca o aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha, a iniciativa quer estimular o enfrentamento e a denúncia de todo ato de violência contra mulheres. Em dois meses, a campanha já alcançou diversos espaços públicos, como os estádios de futebol. Inspirada no tradicional um minuto de silêncio antes dos jogos, a iniciativa propõe que a torcida e os times não se omitam em situações de violência de gênero, transformando o momento em um “grito de conscientização”. A ministra Cida Gonçalves destacou a necessidade de cada pessoa atuar na prevenção da violência doméstica. Para ela, a conscientização é fundamental para mudar a realidade das mulheres agredidas.  (Cida Gonçalves) “A nossa avaliação é que, por mais que você implemente políticas públicas, por mais que você faça o debate com a sociedade, nós não estamos dando conta de prevenir e evitar a violência e o feminicídio. Porque eu tenho dito em todos os lugares que eu vou, é que na verdade, não adianta a gente ter leis mais duras, nós não vamos acabar com essa violência. E nós não vamos diminuir se a sociedade brasileira não tomar consciência que ela também tem um papel estratégico e fundamental para isso". Ao elogiar a campanha, a senadora Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, enfatizou a importância da mobilização social no enfrentamento ao feminicídio. (sen. Damares Alves) “Eu só tenho que registrar aqui louvores à campanha. O projeto, o programa, e é exatamente isso, a mobilização. Não tem outra resposta. Ou a gente traz todo mundo para esta luta ou a gente não tem alternativa B. O que a gente sonha mesmo é que essa nação tenha zero feminicídio. É possível a gente perseguir a meta”. A ministra reforçou a importância da Central de Atendimento à Mulher, disque-180, para receber denúncias de violência doméstica. Aprovado recentemente pelo Senado, já está em vigor o “Pacote Antifeminicídio”, que aumentou para até 40 anos de prisão a pena para o assassinato de mulheres, e para crimes, como lesão corporal e injúria. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Paulo Barreira. 

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