Pacheco defende corte de gastos, fim da reeleição e regulamentação da IA
Em discurso na Lide Brazil em Londres, conferência que reúne empresários, políticos e investidores brasileiros e britânicos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, afirmou que a regulamentação da reforma tributária deverá ser aprovada até o início de dezembro e que os senadores deverão se dedicar a propostas de redução dos gastos públicos. Segundo ele, essa iniciativa, no entanto, não poderá afetar os programas sociais. Rodrigo Pacheco destacou que o Brasil tem uma legislação ambiental moderna, mas disse que normas da União Europeia não podem travar o agronegócio brasileiro. Ele também defendeu a votação do fim da reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos com mandato de cinco anos (PEC 12/2022).

Transcrição
APÓS A APROVAÇÃO DO PROJETO QUE REGULAMENTA A REFORMA TRIBUTÁRIA NO INÍCIO DE DEZEMBRO, PRESIDENTE DO SENADO DIZ QUE A PRIORIDADE SERÁ A REDUÇÃO DOS GASTOS PÚBLICOS .
EM EVENTO PARA EMPRESÁRIOS BRASILEIROS E ESTRANGEIROS, RODRIGO PACHECO DEFENDEU O FIM DA REELEIÇÃO PARA OS CARGOS DE PRESIDENTE DA REPÚBLICA, GOVERNADOR E PREFEITO, QUE PASSARIAM A TER UM MANDATO DE CINCO ANOS. REPÓRTER HÉRICA CHRISTIAN.
Em discurso na Lide Brazil, conferência que reúne empresários, políticos e investidores em Londres, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, destacou que o Brasil conta com regras modernas de preservação do meio ambiente ao citar a aprovação recente dos marcos dos combustíveis verdes e do hidrogênio de baixa emissão de carbono. Mas defendeu uma conciliação entre o desenvolvimento e a geração de riquezas e a sustentabilidade destacando que normas europeias não podem travar o agronegócio brasileiro, numa referência à proibição de compra de produtos com origem em área desmatada, mesmo que legalmente. Rodrigo Pacheco acredita que o Senado deverá aprovar a regulamentação da Reforma Tributária até o início de dezembro e anunciou que a próxima prioridade será a proposta que limita os gastos públicos, sem penalizar os programas sociais, que poderão, segundo ele, ter suas políticas ajustadas para coibir fraudes. Ao lembrar que o endividamento do País supera os 78% do Produto Interno Bruto, o presidente do Senado afirmou que o controle da inflação, o baixo desemprego, o aumento das reservas cambiais e uma projeção de crescimento maior são fatores positivos a serem considerados pelo Banco Central e pelos investidores.
Tão logo seja estabelecida a Reforma Tributária, nós tenhamos a outra face da mesma moeda que é o gasto público. E aí o controle de gasto, a qualificação do gasto público e a concepção de orçamento seja sadio, que combata privilégios, que combata desperdícios, que possa cortar os chamados supersalários, que possa haver otimização dos gastos públicos, eu acho que é um caminho bom. É um caminho de controle de gastos e ao mesmo tempo de uma projeção de aumento do PIB, do crescimento, que pode fazer com que a equação do Brasil seja uma equação virtuosa e positiva.
Rodrigo Pacheco considerou positivo o balanço das eleições municipais ao destacar que o avanço dos partidos de centro demonstra que os eleitores não querem extremismos. Ele também defendeu a votação neste ano do fim da reeleição para os cargos de presidente da República, governadores e prefeitos, que passariam a ter um mandato de cinco anos.
Eu acho que a gente pode avançar agora numa discussão que eu acho que é tão importante para o Brasil, que é uma discussão sobre a manutenção ou não do instituto da reeleição para prefeito, governador e presidente. Eu acho que se projetar, garantindo o direito daqueles que já estão, se projetar para o futuro mandato de 5 anos sem reeleição,eu considero que é algo positivo para o Brasil e é algo que Senado Federal tem uma tendência a fazer. É óbvio que vou discutir com meus pares acerca desse tema, mas pode ser um aprimoramento constitucional relevante para o nosso país.
Rodrigo Pacheco disse ainda que o Senado deverá votar até dezembro o projeto que regulamenta o uso da Inteligência Artificial, que trata, em especial, da utilização dos dados pessoais dos usuários da internet. Da Rádio Senado, Hérica Christian.

