Senadores elogiam campanha de mobilização pelo feminicídio zero — Rádio Senado
Agosto Lilás

Senadores elogiam campanha de mobilização pelo feminicídio zero

O Agosto Lilás (Lei nº 14.448/2022) visa instruir a população sobre como identificar e reagir aos casos de violência contra a mulher, alertando para situações pouco perceptíveis, como a violência patrimonial, psicológica e sexual. No mês de aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha (Lei 11.340/2006), o Ministério das Mulheres lançou a campanha Feminicídio Zero, para que nenhuma violência contra a mulher seja tolerada. O senador Paulo Paim (PT) disse que é fundamental agir rápido diante de qualquer sinal de violência.

30/08/2024, 16h42 - ATUALIZADO EM 30/08/2024, 16h42
Duração de áudio: 03:24
Foto: Saulo Cruz/Agência Senado

Transcrição
NA SEMANA DE ENCERRAMENTO DO AGOSTO LILÁS, SENADORES ELOGIAM MOBILIZAÇÃO PELO FEMINICÍDIO ZERO. A CAMPANHA FOI LANÇADA PELO MINISTÉRIO DAS MULHERES NO DIA 7 DE AGOSTO, DATA DE ANIVERSÁRIO DA LEI MARIA DA PENHA. REPÓRTER CESAR MENDES. Criado por lei em 2022, o Agosto Lilás tem como objetivo instruir a população sobre como reagir em casos de violência contra a mulher, alertando que essa violência pode ser pouco perceptível, como em situações de violência patrimonial, moral, psicológica e sexual. No último dia 7 de agosto, aniversário de 18 anos da Lei Maria da Penha, o Ministério das Mulheres lançou a campanha Feminicídio Zero, para que nenhuma violência contra a mulher seja tolerada. A campanha faz um alerta de que, ao perceber uma situação de violência contra a mulher, é preciso enfrentá-la e interrompê-la para que não chegue a um feminicídio. Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública revelam que a cada 6 horas, uma mulher é vítima desse crime no Brasil e que 63 por cento das vítimas são negras. Como se não bastasse isso, a cada 6 minutos, uma menina ou mulher sofre violência sexual em nosso país. Na quarta-feira, durante a reunião da Comissão de Direitos Humanos, Paulo Paim, do PT gaúcho, elogiou a campanha Feminicídio Zero, lembrando que diante de situações de violência contra a mulher, é fundamental agir rápido e de forma efetiva para impedir o ato de violência extrema. Paim citou uma pesquisa do Laboratório de Estudos de Feminicídios da Universidade Estadual de Londrina, no Paraná, que revela que em 81 por cento dos casos consumados, a vítima não havia feito denúncia prévia contra o agressor. (senador Paulo Paim) ''Muitos agressores fazem parte do círculo íntimo da vítima e, por isso, as mulheres não vêem medida protetiva como uma opção de proteção. O feminicídio é geralmente cometido dentro da casa da vítima, 48,6%; por parceiros íntimos, 41,9%; ou ex-parceiros íntimos, 23,4%. O feminicídio não afeta apenas as mulheres, mas também os filhos e familiares. O estudo mostra que 17,8% dos assassinatos de mulheres foram presenciadas ou presenciados pelos filhos da vítima.'' Na reunião da CDH, Damares Alves, do Republicanos do Distrito Federal, que foi ministra das mulheres e dos direitos humanos no governo anterior, também elogiou a campanha Feminicídio Zero e disse que está muito preocupada com tanto ódio em relação às mulheres no Brasil. Damares lembrou de um caso registrado dias atrás em Brasília, com imagens gravadas por câmeras de segurança, que chocou a todos. (senadora Damares Alves) ''O homem, para matar a namorada que o abandonou, ele atropelou a namorada, a mãe e a criança. A criança, por um milagre, consegue se levantar e ir para a calçada. Ele volta com o carro – acho que todo mundo assistiu – e ele passou três vezes em cima da ex-namorada com o carro. É tanto ódio que, na hora de eliminar a ex-companheira, não importa quem está do lado: a criança, a mãe, quem está do lado.'' Damares destacou que o tema da violência contra a mulher é transversal e que é muito difícil conseguir recursos do orçamento federal para o ministério; e se colocou à disposição da ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, para ajudar no que estiver ao seu alcance. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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