COP da Amazônia é tema de debates na Feira do Livro de Belém — Rádio Senado
Meio ambiente

COP da Amazônia é tema de debates na Feira do Livro de Belém

Além da venda de livros, a 27ª Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém (PA), promove debates sobre temas como inclusão social, democracia, ancestralidade e clima. Na abertura do evento, a arena Multivozes ouviu professores, jovens e representantes de comunidades tradicionais sobre a COP 30, a Conferência das Partes da ONU sobre Mudanças Climáticas, que ocorrerá na capital paraense, no próximo ano. A inclusão das periferias nas discussões sobre preservação ambiental foi defendida pelos participantes.

19/08/2024, 16h37 - ATUALIZADO EM 19/08/2024, 16h37
Duração de áudio: 02:28
Foto: Rodrigo Pinheiro/Agência Pará

Transcrição
A MUDANÇA DO CLIMA FOI TEMA DE ABERTURA DA ARENA MULTIVOZES, ESPAÇO DE DEBATES DA 27ª FEIRA PAN-AMAZÔNICA DO LIVRO EM BELÉM. A CAPITAL PARAENSE VAI SER A ANFITRIÃ DA COP 30, A CONFERÊNCIA DA ONU SOBRE MUDANÇAS CLIMÁTICAS, NO ANO QUE VEM. A INCLUSÃO DA JUVENTUDE E DE COMUNIDADES TRADICIONAIS NA PAUTA FOI REIVINDICADA DURANTE AS DISCUSSÕES. DIRETO DE BELÉM, A REPÓRTER PAULA GROBA TRAZ OS DETALHES: Belém já se prepara para receber a COP 30 com uma série de obras de infraestrutura em andamento. Entre os projetos, estão a revitalização da Estação das Docas; a construção de um novo parque urbano, o Porto Futuro; além de melhorias significativas nas áreas de saneamento e mobilidade, totalizando cerca de R$ 4 bilhões em investimentos. Mas além da infraestrutura, o professor quilombola Aiala Colares destaca a importância da COP para incluir debates e ações voltadas para sustentabilidade e preservação das comunidades ribeirinhas do Pará. Existe um número significativo de pessoas das comunidades ribeirinhas, quilombolas, dos povos indígenas que já estão sentindo na pele as mudanças climáticas. Então é preciso que o Estado possa construir uma infraestrutura necessária para dar subsídio pra essas comunidades. A gente está falando de comunidades mais afastadas e isoladas e esse sofrimento não chega aqui na ponta, da discussão.  O professor Aiala, um dos paraenses finalistas ao Prêmio Jabuti Acadêmico 2024, com o livro Geopolítica do Narcotráfico na Amazônia, foi um dos convidados a falar na Arena Multivozes, abordando a temática "Clima e a COP na Floresta". O debate aconteceu durante a abertura da 27ª Feira Pan Amazônica do Livro, que segue até o próximo sábado, dia 25. Também participando da discussão, a diretora regional da ONG Palmares Laboratório Ação, Kim Silva, defendeu a inclusão da juventude como um ator fundamental nas discussões sobre as mudanças climáticas. Chega de a gente estar nesse lugar que não é técnico. Então, as periferias produzem conhecimento, elas produzem estratégias e a gente está aqui pra provar que os nossos projetos têm esse impacto de fazer revolução, de fazer transformação e a preservação também dos nossos espaços.  A secretária de Cultura do estado, Úrsula Vidal, afirma que durante a COP 30 líderes mundiais poderão ser impactados com a experiência amazônica e com quem protege a floresta.  Mesmo que você olhe e que enxergue um grande adensamento de massa florestal, ali tem gente. Cuidando dessa floresta, protegendo essas unidades de conservação, essas reservas de vida silvestre, tem gente cuidando, observando e dizendo: esse território precisa ser preservado. E é graças a essas pessoas que nós ainda temos grandes maciços florestais.  A COP 30 está prevista para ocorrer entre os dias 10 e 21 de novembro de 2025, na capital do Pará. Da Rádio Senado, Paula Groba. 

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