Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara é entregue para cinco personalidade — Rádio Senado
Homenagem

Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara é entregue para cinco personalidade

A Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara foi entregue nesta quarta-feira (10), em sessão solene presidida pela senadora Teresa Leitão (PT-PE), no plenário do Senado, a cinco personalidades: o senador Paulo Paim (PT-RS), o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida; o professor Antônio Augusto Cançado (in memoriam); o ativista na causa das doenças raras, Rafael Régis Azevedo; e o Instituto Dom Hélder Câmara.

10/07/2024, 18h53 - ATUALIZADO EM 10/07/2024, 18h53
Duração de áudio: 03:54
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
A COMENDA DE DIREITOS HUMANOS DOM HÉLDER CÂMARA FOI ENTREGUE NESTA QUARTA-FEIRA A CINCO PERSONALIDADES QUE FIZERAM A DIFERENÇA NO CAMPO DOS DIREITOS HUMANOS. O NOME DA COMENDA É UMA HOMENAGEM AO ARCEBISPO DOM HÉLDER CÂMARA, CONHECIDO POR SUA LUTA EM DEFESA DOS DIREITOS HUMANOS, PRINCIPALMENTE DURANTE A DITADURA MILITAR. REPÓRTER JÚLIA LOPES: A Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara é entregue anualmente pelo Senado a cinco personalidades que tenham oferecido contribuição relevante à defesa dos direitos humanos no Brasil. Sua primeira edição foi em 2010. Neste ano, os homenageados foram: o senador Paulo Paim, do PT gaúcho; o ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida; o professor Antônio Augusto Cançado, in memoriam, representado pelo seu filho, Adriano Drummond; o ativista na causa das doenças raras, Rafael Régis, representado por sua mãe, Gislaine Regis; e o Instituto Dom Helder Câmara, representado pela diretora-executiva, Virgínia Augusta. A sessão solene foi presidida pela senadora Teresa Leitão, do PT de Pernambuco. O senador Paulo Paim, um dos agraciados com a comenda, é presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado e autor e relator de importantes legislações, como a criação do Estatuto da Pessoa Idosa, do Estatuto da Pessoa com Deficiência e da Lei de Cotas. O senador ressaltou a importância dos direitos humanos para a sociedade: (sen. Paulo Paim) "Promover os direitos humanos tem que ser uma ação constante, persistente. É uma decisão política ser militante dos direitos humanos. É um ato, podem crer, de fraternidade, de amor e de grandeza." O ministro dos Direitos Humanos e da Cidadania, Silvio Almeida, outro homenageado, é advogado e professor, com formação em Direito, Filosofia e Economia, e autor do livro "Racismo Estrutural". Além disso, fundou o Instituto Luiz Gama, que atua em causas sociais com ênfase nas questões raciais. Silvio Almeida falou sobre a responsabilidade de receber uma homenagem como a comenda Dom Helder Câmara:  (ministro Silvio Almeida - MDH) "Seja responsável por apontar os caminhos para outras pessoas. Então, ao mesmo tempo que a homenagem te torna homenageada, ela te torna também uma espécie de compromissário com os ideais que fizeram com que você recebesse a homenagem, mas também o faz responsável por iluminar o caminho e os passos de pessoas que também olham para você." O jurista referência no campo do Direito Internacional e Direitos Humanos, professor Antônio Augusto Cançado Trindade, falecido em 2022, aos 74 anos, foi juiz e presidente da Corte Interamericana de Direitos Humanos, membro da Corte Permanente de Arbitragem e magistrado. Também foi o primeiro brasileiro eleito por dois mandatos pelas Nações Unidas na Corte Internacional de Justiça. Além disso, foi professor emérito da Universidade de Brasília e lecionou por três décadas no Instituto Rio Branco. O filho, Adriano Drummond, ressaltou o legado do pai: (Adriano Drummond) "Influenciou profundamente a jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos Humanos e assim o fez porque tribunais internacionais se destinam a julgar Estado e tribunais internacionais ao julgar Estados muitas vezes não consideram com atenção devida o papel e o sofrimento das vítimas. Meu pai teve essa enorme sensibilidade de sempre proporcionar nos seus julgados, nos seus votos um olhar para as vítimas." As indicações à Comenda de Direitos Humanos Dom Hélder Câmara são submetidas ao crivo do Conselho do prêmio, composto por um representante de cada partido político com representação no Senado. Dom Hélder Câmara foi um bispo católico que se tornou símbolo da luta por direitos humanos durante a ditadura militar e por justiça social no Brasil. Por seu trabalho humanitário, Dom Hélder recebeu diversos prêmios e foi indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado, Júlia Lopes.

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