Comemoração do bicentenário da Confederação do Equador — Rádio Senado
História

Comemoração do bicentenário da Confederação do Equador

Na última terça, 2 de julho, completaram-se os 200 anos da Confederação do Equador, movimento revolucionário pernambucano que teve adesão de outras províncias nordestinas e que marcou a história de luta contra o autoritarismo durante o primeiro reinado de Dom Pedro I. Um evento em Olinda (PE) abriu as comemorações do bicentenário e contou com a presença da senadora Teresa Leitão (PT - PE), presidente da comissão criada no Senado para coordenar as celebrações desse episódio histórico, além de outras autoridades.

05/07/2024, 11h45 - ATUALIZADO EM 05/07/2024, 11h45
Duração de áudio: 02:32
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A HISTÓRIA DO NORDESTE BRASILEIRO É RICA EM CAPÍTULOS DE LUTA POR LIBERDADE, COMO A REVOLTA DOS MALÊS, NA BAHIA; POR INDEPENDÊNCIA, COMO A BATALHA DO JENIPAPO, NO PIAUÍ; E CONTRA O AUTORITARISMO, COMO A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR - MOVIMENTO REVOLUCIONÁRIO DE PROVÍNCIAS NORDESTINAS LIDERADAS POR PERNAMBUCO CONTRA A CONCENTRAÇÃO DE PODERES NAS MÃOS DO IMPERADOR DOM PEDRO PRIMEIRO. EM 2024, A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR COMPLETA DUZENTOS ANOS E, NESTA SEMANA, EM OLINDA, A COMISSÃO DO SENADO QUE COORDENA AS CELEBRAÇÕES DO BICENTENÁRIO PARTICIPOU DE UM EVENTO ESPECIAL, COM NOS CONTA A REPÓRTER JÚLIA LOPES: Na última terça, 2 de julho, completaram-se os 200 anos da Confederação do Equador, movimento revolucionário pernambucano que teve adesão de outras províncias nordestinas e que marcou a história de luta contra o autoritarismo durante o primeiro reinado de Dom Pedro I. Um evento no Centro Cultural Eufrásio Barbosa, em Olinda, Pernambuco, abriu as comemorações do bicentenário da Confederação e contou com as presenças da governadora de Pernambuco, Raquel Lyra, e da senadora Teresa Leitão, do PT, presidente da comissão criada pelo Senado para coordenar as celebrações desse episódio da história do Brasil.Em 2 de julho de 1824, na então província de Pernambuco, lideranças proclamaram a Confederação do Equador - nome que faz referência à linha imaginária que separa os hemisférios norte e sul do globo terrestre. O movimento teve adesão da Paraíba, do Ceará e do Rio Grande do Norte e defendia uma República com poderes descentralizados e autonomia para as províncias. Uma das primeiras medidas da Confederação foi suspender o tráfico de pessoas escravizadas da África. Nisto, o movimento não teve apoio da elite agrária da época. Um personagem que marcou a história dessa revolução foi Frei Joaquim do Amor Divino, o Frei Caneca. Ele participou tanto da Confederação do Equador quanto da Revolução Pernambucana de 1817. Frei Caneca foi preso, julgado pelas tropas imperiais e condenado à morte. No dia 13 de janeiro de 1825, ele estava no Forte das Cinco Pontas para ser enforcado, mas os três carrascos se recusaram a executá-lo. A Comissão Militar ordenou, então, seu fuzilamento. Seu corpo foi deixado em frente ao Convento das Carmelitas, dentro de um caixão de pinho. Os padres o recolheram e enterraram. A senadora Teresa Leitão lembrou a figura histórica de Frei Caneca: (sen.Teresa Leitão)  "Frei Caneca foi um exemplo disso. Cultuemos nossos heróis, é claro. Frei Caneca acreditava que os homens deviam passar de súbitos, devedores de audiência ao rei soberano, a cidadãos, devedores de soberania pela participação e representação." A programação do bicentenário contou com uma série de palestras no Instituto Arqueológico, Histórico e Geográfico do Estado, além da apresentação de um espetáculo. Sob a supervisão de Marcela Diniz, da Rádio Senado. Júlia Lopes.

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