Embaixador do Japão oferece ajuda ao RS — Rádio Senado
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Embaixador do Japão oferece ajuda ao RS

A Comissão Temporária Interna que acompanha os desdobramentos da tragédia no Rio Grande do Sul aprovou nesta terça-feira (11) o requerimento para discutir com especialistas o deslocamento em massa de empresas e famílias, que as fortes chuvas que atingiram o estado devem provocar. Na mesma reunião, o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, anunciou a possibilidade de assistência financeira e de envio, ao Rio Grande do Sul, de um técnico especialista em deslizamento de terra.

11/06/2024, 17h38 - ATUALIZADO EM 11/06/2024, 17h39
Duração de áudio: 02:44
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
EM REUNIÃO DA COMISSÃO TEMPORÁRIA QUE ACOMPANHA A TRAGÉDIA NO RIO GRANDE DO SUL, O EMBAIXADOR DO JAPÃO NO BRASIL ANUNCIOU A POSSIBILIDADE DE ASSISTÊNCIA FINANCEIRA E DE ENVIAR AO ESTADO UM ESPECIALISTA EM DESLIZAMENTO DE TERRA. O COLEGIADO DECIDIU, TAMBÉM, QUE VAI DISCUTIR COM ESPECIALISTAS O DESLOCAMENTO EM MASSA DE FAMÍLIAS E SETORES DA ECONOMIA, QUE SERÃO OBRIGADOS A SE INSTALAR EM OUTROS LOCAIS, PARA EVITAR TRANSTORNOS EM EVENTOS CLIMÁTICOS ADVERSOS NO FUTURO. O REPÓRTER ALEXANDRE CAMPOS TEM OS DETALHES: Em uma visita informal à Comissão temporária externa que acompanha os desdobramentos da tragédia no Rio Grande do Sul, o embaixador do Japão no Brasil, Teiji Hayashi, afirmou que em novembro do ano passado havia manifestado a possibilidade de firmar um acordo de assistência técnica com o governo gaúcho na área de prevenção de desastres naturais. Porém, antes da sua formalização, as fortes chuvas atingiram o estado, lamentou o representante japonês. Ele anunciou ainda que o país asiático estuda a possibilidade de enviar ao estado um especialista em deslizamento de terra que já atua no Brasil, num projeto de cooperação técnica com o ministério da Integração e Desenvolvimento Regional: (Teiji Hayashi) "Então, estamos pensando em mandar esse especialistas ao Rio Grande do Sul. Ouvi dizer que a área lá é montanhosa, né, também houve vários deslizamentos de terra, né? Também estamos pensando em assistência fianceira para apoiar o gaúcho." Na reunião desta terça-feira, a comissão ainda aprovou a visita dos integrantes do colegiado aos municípios de Lajeado, Roca Sales e Encantado no dia 20 de junho. Autor do pedido de diligência, o senador Hamilton Mourão, do Republicanos do Rio Grande do Sul, lembrou que a região do Vale do Taquari foi uma das mais atingidas, já tendo sofrido as consequências de fortes chuvas em duas ocasiões, no ano passado. Outros dois pedidos de audiência pública foram aprovados pela comissão. Um deles prevê a discussão, com o fórum das universidades públicas e institutos federais sediados no Rio Grande do Sul, sobre as contribuições que essas entidades podem dar nesse momento atual.  A outra audiência discutirá um provável efeito da tragédia no Rio Grande do Sul: o deslocamento interno. Autor do requerimento, o senador Paulo Paim, do PT gaúcho, lembrou que, tradicionalmente no país, esse tipo de migração forçada tinha motivação econômica. Mas isso vem mudando, depois do rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais, e das chuvas recentes no Sul, acrescentou ele. Segundo Paim, a tragédia deste ano vai provocar a movimentação involuntária em massa de setores da economia e também de milhares de famílias: (sen. Paulo Paim) "Muitos desses milhares de desabrigados viviam em locais que foram completamente destruídos. Além de destruídos, se der outra enchente, eles serão expulsos mais uma vez daquele local, pela força das águas. E cuja reconstrução dos lares, devido à situação de estar próxima do rio é desaconselhável ou até mesmo inviável, conforme algumas prefeituras nos informaram." Ainda não há definição de datas para as audiências públicas aprovadas pela Comissão interna que acompanha os desdobramentos das tragédias no Rio Grande do Sul. Da Rádio Senado, Alexandre Campos.

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