No aniversário de 60 anos do início da ditadura, Senado celebra democracia brasileira — Rádio Senado
Sessão Especial

No aniversário de 60 anos do início da ditadura, Senado celebra democracia brasileira

Nesta terça-feira (2), o Senado celebrou o restabelecimento da democracia brasileira após os 21 anos de ditadura militar (1964-1985). Durante a sessão, o senador Humberto Costa (PT-PE) pediu a reabertura da Comissão de Mortos e Desaparecidos, e o senador Randolfe Rodrigues (AP) ressaltou a importância de se manter na memória da nação as arbitrariedades do regime. Fazem parte das comemorações o lançamento do livro 'Tempos de Chumbo' e a apresentação da reedição do livro 'A Renúncia de Jânio'.

02/04/2024, 14h17 - ATUALIZADO EM 02/04/2024, 14h19
Duração de áudio: 02:30
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
SENADORES PARTICIPARAM DE SESSÃO ESPECIAL EM DEFESA DO RESTABELECIMENTO DA DEMOCRACIA APÓS DA DITATURA MILITAR. NA SOLENIDADE, SENADOR PEDIU REABERTURA DA COMISSÃO DE MORTOS E DESAPARECIDOS. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA. Com a presença de políticos, representantes de embaixadas e familiares de perseguidos políticos, o Senado celebrou a democracia brasileira. A sessão relembrou os 60 anos do início da ditadura militar de 1964, quando militares tomaram o poder no país por 21 anos. O senador Humberto Costa, do PT de Pernambuco, citou os avanços trazidos pela Comissão Nacional da Verdade. Mas destacou que ainda não foram elucidados todos os crimes cometidos no período. Diante disso, Humberto Costa pediu a reabertura da Comissão de Mortos e Desaparecidos. "364 mortos e desaparecidos ainda estão em aberto e precisam ser solucionados, resolvidos, revelados em respeito à memória das vítimas e dos seus familiares. É importante que o Ministério dos Direitos Humanos recrie a comissão para darmos sequência a essas investigações." O líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues, do Amapá,  destacou a importância de se manter na memória da nação as arbitrariedades da ditadura militar, que concentrou suas ações na perseguição de opositores políticos com tortura e cassação de mandatos.  "Hoje é 60 anos, é necessário lembrar, lembrar para que não se esqueça, para que nunca mais aconteça. Ditaduras, sejam a direita, sejam a esquerda, devem ser banidas, devem ser defenestradas, deve ser sempre lembrado o que foi dito por Ulysses Guimarães na promulgação da nossa constituição democrática: ´Temos ódio e nojo à ditadura'." Também participaram da solenidade a esposa e o filho do ex-presidente João Goulart, deposto em 64 pelos militares. João Vicente Goulart aproveitou o discurso para agradecer ao Senado pela homenagem. "Eu quero agradecer esta homenagem que o Senado presta a esse momento histórico do Brasil, a um momento histórico que nós devemos conhecer, um momento histórico aonde esse país queria e tinha um projeto de nação." A sessão contou com o lançamento do livro "Tempos de Chumbo" e a apresentação da reedição do livro "A Renúncia de Jânio". Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra. 

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