Sábado é Dia Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas — Rádio Senado
Meio ambiente

Sábado é Dia Nacional de Conscientização sobre Mudanças Climáticas

Dia 16 de março é o Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças do Clima (Lei 12.533/2011), data criada para que as escolas promovam eventos e debates relacionados com a proteção dos ecossistemas brasileiros. A senadora Leila Barros (PDT-DF), presidente da Comissão de Meio Ambiente, alerta que o avanço da crise climática reduz o tempo disponível para reverter as suas trágicas consequências. E a bióloga Mercedes Bustamante, especialista no bioma Cerrado, disse que as mudanças climáticas terão forte impacto na agropecuária.

13/03/2024, 11h38 - ATUALIZADO EM 13/03/2024, 16h02
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Transcrição
DIA 16 DE MARÇO É O DIA NACIONAL DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS. TEMPO DE DISCUTIR MEDIDAS PARA A DIMINUIÇÃO DOS TRÁGICOS EFEITOS DESSAS TRANSFORMAÇÕES PARA O HOMEM E PARA A NATUREZA. REPÓRTER CESAR MENDES. A lei que instituiu 16 de março como Dia Nacional de Conscientização sobre as Mudanças Climáticas é de 2011 e propõe que as escolas promovam eventos, debates e mobilizações relacionados a medidas de proteção dos ecossistemas brasileiros. A mudança do clima se soma a uma série de ameaças que já afetavam a conservação de espécies e ecossistemas, como a fragmentação de habitats, as mudanças do uso do solo, os incêndios florestais e a poluição. Eventos que interagem, provocando situações de risco elevado e de difícil controle. É o caso das queimadas no Pantanal Matogrossense, que em 2020 destruíram 30 por cento da cobertura vegetal do bioma. E da recente alagação do rio Acre, no Norte do país, que deixou debaixo d 'água 75 por cento do município de Brasiléia, a 200 quilômetros da capital do estado do Acre, Rio Branco. Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, presidente da Comissão de Meio Ambiente, alerta que o avanço da crise climática reduz o tempo disponível para reverter as suas trágicas consequências. '' Os eventos extremos continuam causando sérios prejuízos. Essas tragédias devem ser como um chamado à ação. É hora de nos unirmos como comunidade, como nação, para apoiar aqueles que estão sofrendo e trabalhar incansavelmente para prevenir futuras catástrofes. Devemos investir em infraestrutura resiliente, em sistema de alerta precoce e em políticas de prevenção de desastres.'' Professora do Departamento de Ecologia da UnB, a bióloga Mercedes Bustamante explica que os relatórios do IPCC, Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU, apontam que deveremos atingir a elevação de um grau e meio na temperatura média do planeta já nas próximas duas décadas. Sendo que essa seria a meta de elevação a ser alcançada apenas em 2.100, segundo o Acordo de Paris. Especialista em estudos do Cerrado, Mercedes Bustamante recomenda atenção para as previsões do IPCC para o bioma, porque o atraso nas chuvas e o aumento na temperatura, segundo ela, terão um forte impacto na atividade agropecuária. '' Isso modifica completamente o balanço de carbono, o funcionamento da vegetação natural, porque ela evoluiu naquela situação de que vem a chuva, vem a seca, mas com uma certa estabilidade. Agora, a gente começa a mudar essa cronologia de entrada de chuva e de seca. E é crítico, extremamente crítico para a atividade agropecuária.'' A professora Mercedes disse que é fundamental estimular a conservação e a restauração, tanto em áreas públicas como privadas, porque isso, de um lado, vai mitigar os efeitos danosos das mudanças climáticas e, de outro, vai reduzir as emissões de gases do efeito estufa, que provocam aquecimento global. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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