CE aprova marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura
A Comissão de Educação e Cultura (CE) aprovou o projeto de lei (PL 5.206/2023) da Câmara dos Deputados que cria o marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura (SNC). O objetivo é garantir os direitos culturais com a parceria entre os entes federativos para a gestão conjunta das políticas públicas de cultura. A proposta, relatada pelo senador Humberto Costa (PT-PE), segue para votação no Plenário do Senado em caráter de urgência.
Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO APROVOU O PROJETO DE LEI QUE CRIA O SISTEMA NACIONAL DE CULTURA.
A PROPOSTA SEGUE PARA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO EM CARÁTER DE URGÊNCIA. REPORTAGEM DE IARA FARIAS BORGES.
Já aprovado pela Câmara dos Deputados, o projeto cria o marco regulatório do Sistema Nacional de Cultura. O objetivo é garantir os direitos culturais com a parceria da União, estados e municípios para a gestão conjunta das políticas públicas no setor.
A Constituição já prevê o Sistema Nacional de Cultura como instrumento de desenvolvimento humano, social e econômico, mas determina que lei federal trate da sua regulamentação, o que a proposta busca fazer.
Ao explicar que o sistema é fundamentado em princípios como o da diversidade das expressões culturais, da universalização do acesso aos bens e serviços culturais e o do fomento à produção, difusão e circulação de conhecimento e bens culturais, o relator, senador Humberto Costa, do PT pernambucano, destacou a importância do projeto.
“Este projeto é muito completo, implementa diretrizes que são fundamentais para o funcionamento do sistema: O papel do Estado no sentido de estimular, de fomentar a produção cultural e o acesso à cultura; a ação integrada, articulada, entre estados, municípios e União. Eu acho que hoje nós podemos estar marcando um ponto histórico para a cultura brasileira com a aprovação deste projeto de lei.”
O projeto prevê ainda a criação do Sistema Nacional de Financiamento à Cultura para articular os diversos instrumentos de financiamento público da área e determina que eventuais despesas decorrentes da nova lei estarão sujeitas à disponibilidade orçamentária e financeira. O texto também proíbe que o exercício dos direitos culturais tenha caráter político-partidário ou personalista, afronte a moralidade pública ou estimule a prática de crimes.
A votação da proposta na Comissão de Educação e Cultura contou com a presença de participantes da Conferência Nacional de Cultura, que acontece até esta sexta-feira em Brasília. O texto segue para votação do Plenário do Senado em caráter de urgência. Da Rádio Senado, Iara Farias Borges.