Alan Rick propõe que preso indenize vítima para progredir de pena
O senador Alan Rick (UNIÃO-AC) apresentou um projeto (PL 352/2024) para estabelecer requisitos para progressão de pena dos detentos, como a reparação das vítimas pelos crimes cometidos e boa conduta carcerária. Além disso, o PL permite que empresas gerenciam oficinas de trabalho nos presídios. Para o senador, essa seria uma forma de diminuir a reincidência penal. O projeto será analisado pelas Comissões de Segurança Publica e Constituição e Justiça.
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Transcrição
PROPOSTA EM DISCUSSÃO NO SENADO ESTABELECE INDENIZAÇÃO À VÍTIMA COMO REQUISITO PARA PROGRESSÃO DE PENA DO PRESO.
O PROJETO TAMBÉM PERMITE QUE EMPRESAS GERENCIEM O TRABALHO DOS CONDENADOS. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA.
O senador Alan Rick, do União do Acre, apresentou uma proposta que condiciona a progressão da pena à indenização à vítima pelos danos causados pelo condenado. De acordo com o projeto, o detento também precisa apresentar boa conduta carcerária, comprovada pelo diretor do presídio para obter o direito, que é uma condição já prevista em lei. Para o senador, os requisitos são uma maneira de evitar a reincidência.
"No Brasil, muitos detentos não são resocializados e, na maioria das vezes, voltam a delinquir. As vítimas de crimes contra o patrimônio, crimes de tentativa de homicídio, raramente são ressarcidas ou reparadas pelo poder público. Pela proposta, aquele que não tiver reparado a vítima não poderá mudar, por exemplo, do regime fechado para o semiaberto."
Outro ponto do projeto permite que o Poder Público celebre convênios com entidades privadas para gestão do trabalho dos condenados. Alan Rick sustenta que a medida vai desburocratizar o Estado.
"Eu entendo que esse modelo tira das costas do Estado esse ônus de manter uma estrutura cara, necessária para o controle e administração do trabalho dos encarcerados. Eu entendo que a profissionalização dos apenados aumenta a possibilidade de conseguir um emprego e mudar de vida."
O projeto será analisado pela Comissão de Segurança Pública e, em seguida, pela Comissão de Constituição e Justiça. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra.