CDH debate a criação da semana para conscientização sobre doenças intestinais — Rádio Senado
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CDH debate a criação da semana para conscientização sobre doenças intestinais

A Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) debateu a criação da Campanha Maio Roxo, destinada a informar a sociedade sobre as causas, sintomas, e tratamentos de doenças inflamatórias intestinais. A audiência contou com a presença de um médico, familiares de paciente e entidade da sociedade civil. Eles reclamaram da distribuição de medicamento pelo SUS. O representante do Ministério de Saúde, Danilo Campos, afirmou que a pasta vai fiscalizar as localidades que estão sem medicação.

01/03/2024, 13h21 - ATUALIZADO EM 01/03/2024, 13h26
Duração de áudio: 02:57
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DEBATEU A CRIAÇÃO DA SEMANA DE CONSCIENTIZAÇÃO SOBRE DOENÇAS INFLAMATÓRIAS INTESTINAIS. A CAMPANHA "MAIO ROXO" VAI TRAZER INFORMAÇÕES SOBRE CAUSAS, DIAGNÓSTICO E OS TRATAMENTOS DISPONÍVEIS. REPÓRTER LUIZ FELIPE LIAZIBRA. A Comissão de Direitos Humanos debateu a criação da Campanha Maio Roxo, destinada a conscientizar a população sobre as doenças inflamatórias intestinais. A iniciativa também pretende arrecadar recursos para investir em programas de pesquisa e tratamento das enfermidades. A presidente da Associação Nacional dos Portadores de Doenças Inflamatórias Intestinais, Patricia Mendes, ressaltou a importância da distribuição de medicamentos pelo SUS e lembrou os impactos na qualidade de vida dos pacientes que passam anos sem o dignóstico correto.  "O primeiro estudo, a "Jornada do Paciente", que foi realizado pela ABCD em 2017, com o apoio da ADI Brasil, apurou que 20% dos pacientes que responderam esperaram mais de 3 anos pelo diagnóstico. Imaginem vocês, 3 anos com diarreia, perda de sangue nas fezes, emagrecimento? E diarreia, não é uma diarreia por dia, 15, 20, 30 vezes por dia ao banheiro. Que qualidade de vida essa pessoa tem?" A senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, destacou a necessidade de uma força-tarefa junto ao Ministério da Saúde para encaminhar os problemas que os pacientes estão tendo com a falta de medicação. "Eu sabia que era um tema de fato importante, relevante, de fazermos esse debate aqui na casa e os números nos deixam, me deixam particularmente muito preocupada, não sabia desse número tão elevado de pessoas que são portadoras de doenças inflamatórias intestinais e a falta de medicação. E vocês ganharam mais um parlamentar na causa, porque realmente é uma situação que nos preocupa. Eu acho que é muito importante fazermos uma força-tarefa junto ao Ministério para entendermos melhor o que está acontecendo." Em resposta, o representante do Ministério de Saúde, Danilo Campos, afirmou que a pasta vai fiscalizar as localidades que estão sem os medicamentos. "O Ministério da Saúde tem contrato vigente para fornecimento e disponibilização aos entes. O Ministério da Saúde não faz a distribuição ao cidadão, isso tudo é feito por meio do Sistema Único de Saúde e da descentralização para estados e municípios. Mas é importante a gente saber, por isso que é importante o contato e a mediação com o movimento social e com as associações, para que a gente seja informado de localidades, de onde esteja um problema mais grave, para que a gente possa fazer pontos de articulação." As principais doenças intestinais são Doença de Crohn, Retocolite Ulcerativa e Colites Indeterminadas. Segundo a Sociedade Brasileira de Coloproctologia, a prevalência dessas moléstias alcançou 100 casos para cada 100 mil habitantes na rede pública em 2020. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Luiz Felipe Liazibra. 

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