Alta de casos de dengue no Distrito Federal preocupa senadores

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OS SENADORES SE PRONUNCIARAM EM PLENÁRIO SOBRE A ALTA DE CASOS DE DENGUE NO DISTRITO FEDERAL, QUE DEVE RECEBER AS PRIMEIRAS DOSES DA VACINA NESTA SEXTA-FEIRA. OS PARLAMENTARES COBRARAM MEDIDAS DO GOVERNO LOCAL E DESTACARAM O PAPEL DE AÇÕES DE COMBATE AO MOSQUITO E DA VACINAÇÃO. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. Brasília começou 2024 com uma explosão de casos de dengue. De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Distrito Federal ocupa o terceiro lugar com diagnósticos pela doença, com 48.657 casos. Além disso, o DF está entre os quatro estados que decretaram situação de emergência em saúde pública. A lista também engloba Acre, Minas Gerais e Goiás.  A grave situação do Distrito Federal fez com que o início da vacinação fosse antecipado para esta sexta-feira, nove de fevereiro, com 194 mil doses. A vacinação será destinada a crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A faixa etária apresenta maior risco de agravamento pela doença e de hospitalizações. Além disso, o laboratório tem uma quantidade restrita de doses disponíveis. A senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, afirmou em Plenário que o cenário vivenciado na capital federal deixa claro que o governo  não se preveniu. Ela disse que, como a dengue é uma doença sazonal, ou seja, tem mais ocorrências em períodos determinados, entre os meses de outubro e maio, faltaram campanhas de conscientização. Leila disse ainda que, em virtude da gravidade e alta nos casos, pediu ao Executivo prioridade para envio de doses à capital federal: Leila - Na última semana, solicitei ao Ministério da Saúde que priorize Brasília na distribuição de doses da vacina. O pedido foi prontamente acatado pela Ministra Nísia Trindade, e desde já agradeço todo o carinho e a atenção da nossa Ministra da Saúde. O senador Dr. Hiran, do PP de Roraima, mencionou atitudes que a população pode tomar para evitar a criação de criadouros do Aedes aegypti, o mosquito transmissor da dengue e, assim, frear a proliferação e  o número de casos. Dr. Hiran - No caso do da dengue, não; o mosquito está dentro de casa, é intradomiciliar, está nos vasinhos de planta que a gente fica regando e não renova aquela água. E nós reforçamos aqui o pedido para que as pessoas, primeiro, se vacinem e também cuidem do seu lixo domiciliar, evitem deixar pneus nos seus quintais e utensílios que acumulem água e se transformem em criadouros de insetos. Já o senador Weverton, do PDT do Maranhão, ressaltou a necessidade da mobilização da sociedade para eliminar os criadouros não apenas em suas residências, mas na comunidade. Weverton - Um apelo também para todos os moradores de Brasília, a conscientização. Não adianta um morador de uma residência manter a sua piscina ou não deixar nenhum tipo de água parada no seu quintal e o vizinho do lado, de até 200m, deixar, porque o mosquito vai poder, na quadra toda, infelizmente, contaminar outras pessoas. Então, é necessário que todos façam esse mutirão, porque está muito sério. Casos gravíssimos. É um estado, sim, de calamidade, e a gente precisa, todo mundo, fazer a sua parte. Leila Barros mencionou ainda dados divulgados por um portal de notícias que apontam que de 2022 para 2023 houve uma queda de aproximadamente R$10 milhões em investimentos na prevenção de arboviroses. A parlamentar reforçou que a bancada do Distrito Federal no Congresso está atenta à dengue na capital. Sob a supervisão de Pedro Pincer, da Rádio Senado, Bianca Mingote.