Senadores elogiam participação do Brasil na COP 28 — Rádio Senado
Descarbonização

Senadores elogiam participação do Brasil na COP 28

Com a queda do desmatamento, o Brasil reduziu em 8% as emissões de gases de efeito estufa e anunciou durante a COP 28 alternativas para acelerar a descarbonização, com biocombustíveis, hidrogênio verde e um programa de restauração e manutenção da florestas. Uma das integrantes da comitiva de senadores presente à conferência, a presidente da comissão de Meio Ambiente, senadora Leila Barros (PDT-DF), gostou de como o Brasil se apresentou para o mundo durante o evento. A expectativa é que ao final da COP, em 12 de dezembro, seja anunciado o balanço global sobre as emissões e ações do planeta em torno do combate ao aquecimento global.

11/12/2023, 16h48 - ATUALIZADO EM 11/12/2023, 16h48
Duração de áudio: 03:43
Foto: Paula Groba/Rádio Agência Senado

Transcrição
SENADORES PRESENTES À COP 28 EM DUBAI ELOGIARAM A PARTICIPAÇÃO DO BRASIL NA CONFERÊNCIA PELAS BOAS NOTÍCIAS E EXEMPLOS LEVADOS PARA O MUNDO SOBRE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL E INICIATIVAS RUMO À DESCABONIZAÇÃO. APESAR DAS RESTRIÇÕES DE ESPECIALISTAS À ENTRADA DO BRASIL COMO MEMBRO OBSERVADOR NA OPEP+, PARTICIPANTES AVALIAM QUE O BRASIL MARCOU PRESENÇA POSITIVAMENTE NA CONVENÇÃO GLOBAL DO CLIMA. DETALHES COM A REPÓRTER PAULA GROBA. A edição da Conferência do Clima este ano em Dubai foi marcada por pioneirismos. O primeiro grande evento de florestas, a primeira indígena a comandar uma delegação brasileira na COP, agora em sua vigésima oitava edição, e o anúncio dos primeiros recursos destinados ao Fundo de Perdas e Danos para apoiar nações que já sofrem catástrofes com a emergência climática. Além da implementação inédita desse Fundo, a COP 28, traz outra novidade, ainda em fase de preparação: um balanço Global sobre como as nações estão cumprindo até aqui as metas firmadas no Acordo de Paris para reduzir os gases de efeito estufa. O chamado Global Stocktake (GST) deve ser anunciado nesta semana e poderá ser o norte para que novas metas sejam traçadas. Com a queda do desmatamento neste ano, o Brasil reduziu em 8% as emissões de gases de efeito estufa e ainda anunciou alternativas para acelerar a descarbonização, com biocombustíveis, hidrogênio verde e um programa de restauração e manutenção da florestas. Uma das integrantes da comitiva de senadores presente à COP 28 em Dubai, a presidente da comissão de Meio Ambiente, senadora Leila Barros, gostou de como o Brasil se apresentou para o mundo durante o evento. Muito produtivo a gente escutar os diversos setores, eu acredito que o Brasil veio com respeito e a impressão que me deu também foi a esperança de que se cumpra nossos acordos como já estamos fazendo. Pelo que tenho acompanhado o Brasil sai forte e preparado para a COP 30. Eu como presidente da CMA falo que cada reunião pra mim é um grande desafio. Nós temos que avançar ainda em temas como regularização fundiária, licenciamento ambiental, que são pautas prioritárias para o próximo ano. O senador Irajá, do PSD do Tocantins, disse que o setor produtivo marcou presença importante na COP, onde foi possível ter contato direto com todos os envolvidos no processo de transição ecológica que os países vão precisar fazer.  - É a oportunidade onde encontramos todos os players, empresas de fertilizantes, insumos agrícolas, logística, da própria indústria e setor de comércio. Pra que possamos implementar em toda a cadeia ações que possam preservar o meio ambiente, que a gente possa levar bons modelos de transição energética e ecológica para o Brasil e para Tocantins. O Congresso Nacional foi elogiado pela votação da Política Nacional do hidrogênio Verde e do marco legal do mercado de carbono brasileiro. Para o senador Efraim Filho, do União da Paraíba, o Senado mostrou que foi essencial na elaboração e aprovação de regras para implementação do mercado de carbono. - O Senado avançou sobre um tema que é essencial pra esse mercado poder se desenvolver no Brasil. A segurança jurídica, a transparência, trazer a regra do jogo de forma clara. O Senado conseguiu concluir a votação dessa proposta depois de um tempo de muito aperfeiçoamento do texto. Mas o financiamento climático por países desenvolvidos que mais poluem o planeta ainda segue sem definições. O governo brasileiro e senadores cobraram uma posição da ONU. Também estão pendentes a redução do consumo e a extração de combustíveis fósseis. Especialistas revelam que o Global Stocktake, o balanço global a ser anunciado ao final da COP 28, deverá trazer recomendações para a redução gradual dessas substâncias, sob pena de todo esforço para barrar a crise climática ser em vão. De Dubai nos Emirados Árabes, Paula Groba para a Rádio Senado. 

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