Ministra das Mulheres anuncia mobilização para desmonetizar canais misóginos — Rádio Senado
Audiência pública

Ministra das Mulheres anuncia mobilização para desmonetizar canais misóginos

Em audiência na Comissão de Direitos Humanos, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, detalhou as prioridades, entre elas, a retomada de investimento nas Casas da Mulher Brasileira e a regulamentação da lei da igualdade salarial, anunciada para esta semana. Cida Gonçalves também destacou a mobilização "Brasil Sem Misoginia" que quer envolver diversos setores da sociedade na luta contra o ódio às mulheres. Uma das linhas de frente é a desmonetização de 80 canais e influencers que difundem conteúdos misóginos.

21/11/2023, 14h23 - ATUALIZADO EM 21/11/2023, 14h23
Duração de áudio: 02:20
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
EM DEBATE NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS, A MINISTRA DAS MULHERES, CIDA GONÇALVES, ANUNCIOU A MOBILIZAÇÃO "BRASIL SEM MISOGINIA". UMA DAS AÇÕES SERÁ A DESMONETIZAÇÃO DE CANAIS QUE LUCRAM COM A DIFUSÃO DE CONTEÚDOS DE ÓDIO ÀS MULHERES. REPÓRTER MARCELA DINIZ: Na audiência da Comissão de Direitos Humanos, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, apresentou as prioridades da pasta. Entre elas, a retomada de investimentos nas Casas da Mulher Brasileira, lugar que reúne diversos serviços para o atendimento integral à vítima de violência doméstica. A ministra também detalhou a mobilização "Brasil Sem Misoginia" que quer envolver diversos setores da sociedade na luta pelo fim de todas as formas de violência e discriminação contra as mulheres. Uma das linhas de frente é a desmonetização de canais e influencers, que difundem conteúdos misóginos. Nesse caso, eles não seriam pagos pelas publicações.  Cida Gonçalves (ministra das Mulheres): "Nós descobrimos que tem 80 canais no YouTube que pregam o ódio às mulheres todos os dias. Desses 35 são monetizados, então, além de pregarem o ódio, ainda ganham com isso. Portanto, o desafio, aqui, é desmonetizar, também. Esses canais têm 8 milhões de seguidores no Brasil."  Outro tema debatido na audiência foi a regulamentação da Lei da igualdade salarial entre homens e mulheres. De acordo com a ministra Cida Gonçalves, ela sairá ainda nesta semana, como resultado de diálogos com o Ministério do Trabalho e com entidades patronais e de trabalhadores. Para a senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, a questão da autonomia financeira da mulher é central.  Eliziane Gama (PSD - MA): "A luta por esta paridade, por esta igualdade salarial é a demonstração de um olhar amplo. É atender a mulher, lutar por essa autonomia financeira para dar a ela, inclusive, várias garantias." A senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, enfatizou a importância do apoio da bancada feminina às demandas orçamentárias do Ministério das Mulheres. Leila Barros (PDT - DF): "O maior desafio de um ministério não é o seu corpo técnico ou a intenção deste governo, mas as dificuldades orçamentárias para alcançar os resultados que tanto almejamos." Além da questão orçamentária, Cida Gonçalves citou a falta de capilaridade como um desafio para a implementação das políticas do ministério. Ela pediu o apoio das prefeituras para a criação e o fortalecimento das secretarias municipais das mulheres. Da Rádio Senado, Marcela Diniz.

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