Senado homenageia o bicentenário da independência do Brasil na Bahia
O Senado homenageou o bicentenário da independência do Brasil na Bahia. Os participantes lembraram a importância da cultura para a preservação da história e que a liberdade é um bem que se conquista com sacrifício e luta. A sessão contou com a presença da ministra da Cultura, Margareth Menezes, e do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
Transcrição
O SENADO HOMENAGEOU O BICENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL NA BAHIA.
OS PARTICIPANTES LEMBRARAM A IMPORTÂNCIA DA CULTURA PARA A PRESERVAÇÃO DA HISTÓRIA. REPÓRTER FLORIANO FILHO.
O 2 de Julho é uma das datas mais emblemáticas e tradicionais da história baiana. É um marco que celebra a independência do Brasil na Bahia e que completou 200 anos no início deste mês. As batalhas contra as tropas portuguesas começaram no estado baiano em fevereiro de 1822 e só terminaram no ano seguinte, quando finalmente os colonizadores foram expulsos e chegou ao fim o domínio de Portugal sobre o Brasil. O recôncavo baiano também participou ativamente das batalhas. A cidade de Cachoeira, por exemplo, foi um dos palcos onde senhores de engenho, trabalhadores e integrantes de irmandades e congregações se reuniram para elaborar o plano de libertação. Para relembrar e homenagear essa história, o Senado realizou uma sessão solene. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, lembrou que a memória histórica do país se fortalece nas expressões culturais da sociedade.
Essa história que a cultura brasileira já escreveu perante o mundo sobre a sua importância e sobre a sua diversidade é reconhecida por todos os países do mundo. Então, nós precisamos também neste momento valorizar a nossa cultura.
O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, lembrou que a liberdade não se consquista sem sacrifício e luta.
Foi preciso derramamento de sangue. Foi preciso pessoas fugirem e desaparecerem para que nós pudéssemos ter a nossa soberania, a nossa autonomia. E o mais forte para nós é quando a nossa história é contada por nós mesmos. É quando nós escrevemos a nossa história.
O senador Jaques Wagner, do PT da Bahia, que também já governou o estado, presidiu a sessão e relembrou a importância do Hino ao Senhor do Bonfim para a celebração da independência baiana.
Só quero citar que este hino foi feito em 1923, exatamente, em comemoração ao centenário do 2 de julho de 1823. Se vocês prestarem atenção, vão ver que um dos versos fala que, há cem anos, destes a nossos pais a vitória. Então, além de ser um hino de agradecimento ao Senhor do Bonfim, ele é um hino em reverência à data maior da Bahia, que é o 2 de julho de 1823.
A letra do hino foi escrita por Péthion de Villar, pseudônimo literário do médico e poeta brasileiro Egas Moniz Barreto de Aragão. Da Rádio Senado, Floriano Filho.