CAE aprova Marco Legal das Garantias de Empréstimos
A Comissão de Assuntos Econômicos aprovou o chamado Marco Legal das Garantias (PL 4188/2021), que tem o objetivo de facilitar a recuperação de bens em caso de inadimplência e, com isso, reduzir riscos e taxas de empréstimos. A proposta, que veio da Câmara, permitia a penhora de imóvel de família e o fim do monopólio para bancos públicos em algumas operações. Mas o relatório do senador Weverton (PDT-MA), aprovado pela CAE, retirou esses trechos do projeto. A proposta deve ser votada no Plenário na tarde desta quarta-feira (5).
Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS APROVOU O CHAMADO MARCO LEGAL DAS GARANTIAS.
PROPOSTA, QUE TEM O OBJETIVO DE REDUZIR TAXAS DE EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS, SEGUIU COM PEDIDO DE URGÊNCIA PARA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO DO SENADO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO.
O Marco Legal das Garantias pretende dar ao credor mais segurança de que vai recuperar o dinheiro de empréstimos. Assim, ele poderá diminuir seus custos e reduzir as taxas ao tomador do financiamento, como explicou o relator da proposta na Comissão de Assuntos Econômicos, Weverton, senador do PDT do Maranhão.
Só está existindo esse debate e a discussão da desjudicialização porque justamente não funciona hoje da forma que está. Todo mundo abarrotado: o Judiciário, o cidadão e o credor com medo de botar dinheiro dentro, porque sabe que aqui é um dos países em que menos se recupera... Enfim, só está assim se discutindo o assunto porque, da forma que está, não está funcionando.
O senador Efraim Filho, do União Brasil da Paraíba, espera que as mudanças facilitem a solução de problemas por meio de acordos extrajudiciais.
Eu acho que a gente abre uma janela de oportunidades para aquilo que nós queremos, que é poder desjudicializar, desburocratizar, simplificar essa vida. Permita-me fazer apenas uma leitura aqui. Eu acho que a gente tem, sim, que ter no olhar os direitos do devedor, mas também os direitos do credor. São dois direitos que estão se pondo ali.
O texto que veio da Câmara foi modificado para manter o monopólio da Caixa Econômica Federal na penhora de bens e o impedimento da penhora de imóvel de família. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.