Plenário ratifica decisão da CAE e aprova Galípolo e Ailton Santos pro BC — Rádio Senado
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Plenário ratifica decisão da CAE e aprova Galípolo e Ailton Santos pro BC

O Plenário do Senado aprovou as indicações do governo para a diretoria do Banco Central. Gabriel Galípolo recebeu 39 votos favoráveis e 12 contrários e vai para a Diretoria de Política Monetária; e Ailton Santos, com 42 votos a favor e 12 contra, assumirá a Diretoria de Fiscalização. As indicações (MSF 27/2023 e MSF 28/2023) foram aprovadas mais cedo pela Comissão de Assuntos Econômicos seguiram com pedido de urgência para votação no Plenário do Senado.

04/07/2023, 15h23 - ATUALIZADO EM 04/07/2023, 19h43
Duração de áudio: 03:03
Foto: Pedro França/Agência Senado

Transcrição
O PLENÁRIO DO SENADO APROVOU OS NOMES DE GABRIEL GALÍPOLO PARA A DIRETORIA DE POLÍTICA MONETÁRIA E DE AILTON SANTOS PARA  DIRETORIA DE FISCALIZAÇÃO DO BANCO CENTRAL. AS INDICAÇÕES HAVIAM SIDO VOTADAS MAIS CEDO NA COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS E SEGUIRAM COM PEDIDO DE URGÊNCIA PARA VOTAÇÃO NO PLENÁRIO. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. Gabriel Muricca Galípolo, número dois do Ministério da Fazenda até o dia 20 de junho, e Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira no Banco Central desde 1998, foram as primeiras indicações do governo Lula para diretorias do Banco Central. Durante sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos, o senador Otto Alencar, do PSD da Bahia, questionou Galípolo sobre ideia defendida em artigo conjunto com o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de moeda comum para o Mercosul. Aí eu pergunto qual é a possibilidade real que possa existir pra uma moeda comum no MERCOSUL? Já que eu li a entrevista de vossa senhoria falando sobre o assunto. E esse assunto já foi inclusive levantado pelo próprio presidente da república o presidente Lula. Gabriel Galípolo esclareceu que não seria uma moeda única, como o Euro, em substituição as moedas de cada país, mas uma unidade capaz de facilitar o comércio entre os países. Nós estamos assistindo alguns países, como é o caso da China, por exemplo, hoje com a Argentina, oferecer linhas de swap cambial e até se falar em possibilitar a circulação da moeda chinesa dentro da economia argentina e esse tipo de solução, obviamente, que não são soluções de curto prazo e que devem ser pensadas sem perturbar a economia brasileira, elas visam justamente garantir essa maior possibilidade livre comércio entre os países, de interação econômica entre os países. Já a senadora Tereza Cristina, do PP de Mato Grosso do Sul, quis saber como os indicados avaliam a autonomia operacional do Banco Central, aprovada pelo Congresso Nacional em 2021. O governo atual parece não valorizar a importância da autonomia do Banco Central do Brasil para o desenvolvimento do nosso país. São diversas críticas ao brilhante trabalho do presidente Roberto Campos Neto que provocaram ruídos desnecessários na expectativa de mercados e travaram o início de um ciclo de redução das taxas básicas de juro. Galípolo disse que as urnas determinam a política econômica e que cabe ao Banco Central agir conforme a lei. Ailton Santos defendeu a autonomia, ressaltando que o Banco Central é uma entidade de Estado e não de governo. Temos que nos curvar ao que está na lei complementar um sete nove e principalmente lá no parágrafo primeiro e artigo primeiro e seu parágrafo e seu parágrafo. Que é nós temos que pensar habilidades do sistema financeiro e também no pleno emprego e no desenvolvimento do país, tá? Então, eu deixo aqui como servidor de carreira na casa, uma defesa da decisão política do Congresso. A lei que instituiu a chamada autonomia operacional do Banco Central definiu mandatos de quatro anos para o presidente e os oito diretores. O presidente Lula fará outras duas indicações no início do ano que vem. O atual presidente, Roberto Campos Neto, tem mandato até o final de 2024. Repórter Bruno Lourenço. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

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