CMA debate segurança hídrica no DF e Cerrado

Transcrição
A COMISSÃO DE MEIO AMBIENTE DEBATEU NESTA QUINTA-FEIRA O ORDENAMENTO TERRITORIAL E A DISPONIBILIDADE DE ÁGUA À POPULAÇÃO DO DISTRITO FEDERAL. AAUDIÊNCIA É PARTE DA PROGRAMAÇÃO DO JUNHO VERDE DO SENADO FEDERAL, UMA SÉRIE DE EVENTOS REALIZADOS PARA LEMBRAR O DIA MUNDIAL DO MEIO AMBIENTE, COMEMORADO NO ÚLTIMO DIA 6. REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. O debate foi proposto pela senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, para dar mais visibilidade ao trabalho desenvolvido pelo coletivo Grito das Águas do DF, articulação da sociedade civil que reúne 70 entidades de caráter socioambiental e que atuam no território do DF e Goiás. Lúcia Mendes, do Fórum de Defesa das Águas do Distrito Federal, diz que a situação é preocupante. Nós tivemos agora na oficina do PDOT em em Vicente Pires, eu ouvi de um chacareiro ele contando que há pouco tempo atrás, há uns dez anos atrás, ele cavava cinco metros, ele achava a água pra fazer um poço artesiano. Hoje ele já cavou quase cem metros e não achou água. Essa é uma realidade lá onde eu moro no núcleo rural do também onde eu tenho um vizinho que já acabou cento e cinquenta metros e não achou água de qualidade. E nós estamos falando de regiões produtoras de água. Onde existem nascentes e onde são áreas de recarga de aquífero. A senadora Leila Barros lamentou o avanço da grilagem e da especulação imobiliária no DF, que ameaça o futuro do País. Nos últimos anos tenho temos testemunhado um uso e ocupação desordenados do solo do Distrito Federal que compromete seriamente a capacidade do Cerrado de cumprir sua função vital de produção de água. A urbanização acelerada, a expansão agrícola descontrolada e a exploração desenfreada dos recursos naturais tem levado a uma fragmentação e degradação do Cerrado. Resultado na perda da sua capacidade de reter água doce. Tão necessária pra nossa sociedade. Outros pesquisadores e representantes de ONGs e da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico lembraram que o Cerrado é conhecido como berço das águas, pois abastece seis das oito grandes bacias hidrográficas do País, e é fundamental coibir a ocupação irregular e preservar as nascentes. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.