Ministro defende no Senado exploração de petróleo e de outros recursos naturais na Amazônia — Rádio Senado
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Ministro defende no Senado exploração de petróleo e de outros recursos naturais na Amazônia

Senadores protestaram contra a decisão do Ibama que não permitiu pesquisas para exploração de petróleo no Amapá. As manifestações se deram e audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado com o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira. O ministro disse que o Brasil tem o direito de explorar suas reservar para aumentar as divisas e reduzir as desigualdades.

24/05/2023, 16h25 - ATUALIZADO EM 24/05/2023, 16h25
Duração de áudio: 03:12

Transcrição
SENADORES PROTESTARAM CONTRA A PROIBIÇÃO DA EXPLORAÇÃO DE PETRÓLEO NO AMAPÁ DURANTE AUDIÊNCIA PÚBLICA NA COMISSÃO DE INFRAESTRUTURA DO SENADO. E O MINISTRO DE MINAS E ENERGIA DISSE QUE O BRASIL TEM O DIREITO DE USAR SUAS RESERVAS NATURAIS. REPÓRTER FLORIANO FILHO. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, trouxe assessores para a audiência pública na Comissão de Infraestrutura do Senado que exibiram um panorama positivo da situação energética no país. Um exemplo é o excedente da produção hidroelétrica que o Brasil começou a exportar em 2022. Antes essa energia era desperdiçada. O ministro também destacou que o Brasil  tem 87 por cento da sua matriz energética renovável, enquanto a média mundial é de 28%. Ele defendeu a continuidade da expansão da energia verde no Brasil, inclusive com mais produção do chamado hidrogênio verde. Mas o assunto que mais causou polêmica entre os senadores foi a decisão do Ibama de proibir a pesquisa para produção de petróleo no estado do Amapá. A ministra do meio ambiente, Marina Silva, concordou com a decisão para proteger a Foz do rio Amazonas. O senador Lucas Barreto, do PSD do Amapá, considerou a proibição tão absurda quanto as dificuldades de se explorar fósforo e potássio no estado. Por não poder explorar seus próprios recursos, segundo ele, o Brasil tem que importar esses produtos da Rússia, Ucrânia e Biolorússia. Lucas Barreto afirmou que proibir o Amapá de explorar petróleo vai contra os interesses brasieiros.   O Brasil vai partilhar o royalty do petróleo como é partilhado no Rio de Janeiro. Todos os estados da margem equatorial podem explorar petróleo. O Amapá, não. O senador Omar Aziz, do PSD do Amazonas, também defendeu a exploração de petróleo no Amapá. Ele alegou que a Petrobrás já tem grandes operações petrolíferas na Amazônia há décadas sem nenhum acidente ambiental. E disse que a proibição poderá se tranformar em um sério problema político para o governo. Eu apoiei o presidente Lula, eu sou claro nas minhas posições políticas, mas não vamos aceitar. Ele já teve um calo no primeiro governo dele com a senhora Marina Silva e esse calo não tinha bolha. Agora esse calo vai ter bolha porque, se estourar, vai arder.  O ministro Alexandre Silveira afirmou que o governo irá respeitar a lei e terá uma posição coerente. Ele disse que foi surpeendido com o anúncio da proibição após ter conversado com o presidente do Ibama para tentar um consenso sobre o aproveitamento dos recursos naturais do Brasil. O petróleo e gás, além de suprimento nacional, é divisa para o Brasil, para poder combater essas desigualdades. E eu não consigo compreender não se haver nessas questões estratégicas nacionais a possibilidade de superarmos as questões meramente burocráticas. O ministro acrescentou que o Brasil irá continuar respeitando as questões ambientais e fez um apelo para que a pesquisa de petróleo e gás no Amapá seja autorizada cumprindo as exigências técnicas que forem necessárias. Da Rádio Senado, Floriano Filho.

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