Educadores discordam sobre mudanças no ensino médio
Educadores debateram no Senado, nesta quarta-feira (17), as mudanças no ensino médio. Eles discordaram sobre a extensão das reformas, mas foram relembrados os resultados deficientes dos estudantes brasileiros em testes nacionais e internacionais. Essa foi a segunda audiência pública da comissão criada para debater o ensino médio no Brasil. O próximo encontro está agendado para 31 de maio.
Transcrição
EDUCADORES DEBATERAM NO SENADO AS MUDANÇAS NO ENSINO MÉDIO.
ELES DISCORDARAM SOBRE A EXTENSÃO DAS REFORMAS, MAS FORAM RELEMBRADOS OS RESULTADOS DEFICIENTES DOS ESTUDANTES BRASILEIROS EM TESTES NACIONAIS E INTERNACIONAIS. REPÓRTER FLORIANO FILHO:
A lei de 2017 que implantou o novo ensino médio no Brasil aumentou o número de horas dos estudantes na escola para três mil. Também criou uma formação mais flexível, com focos em linguagens, matemática, ciências naturais e respectivas tecnologias; além das ciências humanas e sociais aplicadas. A intenção da mudança no ensino médio era melhorar o rendimento dos alunos brasileiros, que têm ficado entre os últimos colocados no Programa Internacional de Avaliação de Alunos, o PISA. Ele é uma rede mundial de avaliação de desempenho escolar. As notas dos estudantes também têm sido baixas no SAEB, o Sistema de Avaliação da Educação Básica. Especialistas em educação discutiram o novo modelo durante uma audiência pública na Subcomissão Temporária do Senado para avaliar o Ensino Médio no Brasil. Ricardo Tonassi Souto, Presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital de Educação, afirmou que as mudanças realizadas pela nova legislação eram necessárias. Segundo ele, ainda é possível aperfeiçoar pontos da lei, mas não rejeitar tudo o que foi alcançado.
É óbvio que houve uma mudança. agora era necessário essa mudança. nós tínhamos um ensino médio que por força dos resultados que encontramos no PISA e os resultados que encontramos no SAEB, ele não era satisfatório.
A senadora Professora Dorinha Seabra, do União do Tocantins, concordou que os aperfeiçoamentos na lei podem ir além de carga horária e inclusão de algumas disciplinas.
Não é só mexer em carga horária, criar disciplina, tirar disciplina. A discussão e o desafio do ensino médio é muito mais amplo.Com articulação, com muito trabalho, com a questão da cidadania,a questão da formação de professores, a gestão democrática e a estrutura das escolas.
A terceira audiência pública da subcomissão está prevista para o dia 31 de maio com representantes de movimentos educacionais e instituições de ensino e pesquisa. Da Rádio Senado, Floriano Filho.