Comissão debate desenvolvimento setorial e econômico do programa Minha Casa, Minha Vida — Rádio Senado
Moradia

Comissão debate desenvolvimento setorial e econômico do programa Minha Casa, Minha Vida

A comissão que analisa a medida provisória que recriou o programa Minha Casa Minha Vida (MP 1.162/2023) realizou nesta terça-feira (2) a terceira de cinco audiências públicas que estão previstas. O tema do debate foi o desenvolvimento setorial e econômico do programa. Participaram da audiência representantes do governo e de setores da indústria de eletroeletrônicos, da construção civil e de incorporadoras imobiliárias.

02/05/2023, 19h05 - ATUALIZADO EM 02/05/2023, 19h05
Duração de áudio: 03:57
Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO MISTA  QUE ANALISA A MEDIDA PROVISÓRIA QUE RECRIOU O MINHA CASA MINHA VIDA PROMOVEU UM DEBATE SOBRE O DESENVOLVIMENTO SETORIAL E ECONÔMICO DO PROGRAMA. REPRESENTANTES DO GOVERNO E DE SETORES DA INDÚSTRIA DE ELETROELETRÔNICOS, DA CONSTRUÇÃO CIVIL E DA IMOBILIÁRIA APRESENTARAM SUGESTÕES PARA MELHORIA DA MEDIDA PROVISÓRIA. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. A comissão que analisa a medida provisória que recriou o programa Minha Casa Minha Vida promoveu a terceira de cinco audiências públicas. O debate teve como tema o desenvolvimento setorial e econômico do programa. A audiência reuniu representantes do governo e de setores da indústria de eletroeletrônicos, da construção civil e de incorporadoras imobiliárias. E os convidados apresentaram sugestões que podem ser inseridas na Medida Provisória em análise. Rafael Ramos Codeço, Diretor do Departamento de Desenvolvimento da Indústria de Bens de Consumo Não Duráveis e Semiduráveis da Secretaria de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços, disse que a indústria da construção é um setor sensível à demanda governamental, seja por meio de obras de infraestrutura ou obras de habitações financiadas pelo governo. Segundo ele, é oportuno utilizar um programa como o Minha Casa Minha Vida para incentivar e viabilizar economicamente o desenvolvimento de inovações tecnológicas para o setor da construção civil e ainda provocar a transição para uma economia verde. Rafael Ramos ressaltou a possibilidade de usar o programa como um dos vetores de desenvolvimento industrial. A demanda pública, seja na forma de compras governamentais, seja por projetos financiados pelo governo, a exemplo do Minha Casa Minha Vida, representa um dos instrumentos mais poderosos de política industrial e de transição para uma economia verde. Via de regra, governos centrais representam a maior parte, a maior fonte individual de demanda numa economia. É essa capacidade de compra permite que o estado possa tanto incentivar o mercado interno como usá-la para orientar o desenvolvimento do país. O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, José Jorge do Nascimento Júnior, sugeriu que a política habitacional, além de entregar os imóveis, entregue os eletrodomésticos para os contemplados com a moradia. Segundo ele, a ação pode colaborar para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. Mas por que que o eletrodoméstico é uma agregação de valor? Porque o programa, o eletrodoméstico, ele é muito mais do que o item que está dentro de casa para você utilizar. O eletrodoméstico, ele agrega valor ao programa minha casa minha vida, porque ele dá qualidade de vida ao usuário, porque o eletrodoméstico facilita a vida da população. Ele faz com que a população possa ter descanso do corpo e da mente.  Já Rodrigo Lopes Sauaia, presidente Executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica, a Absolar, apresentou a experiência da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo na implementação de sistemas de energia solar que reduz a conta de energia das famílias em 70% do valor. Rodrigo disse que energia elétrica é o maior gasto mensal das famílias de baixa renda no Brasil. Ele sugeriu ainda o uso da energia fotovoltaica nas casas que serão entregues pelo programa  Porque quanto mais você economizar com energia elétrica, mais dinheiro sobra para a sua alimentação de qualidade, para sua educação de qualidade, para sua saúde, para o seu transporte, para sua qualidade de vida. Essa economia é dinheiro no bolso, direto da população. Isso ajuda a gerar oportunidade de emprego e renda, porque esses sistemas, as pessoas que vão receber os imóveis, podem também ser formadas e capacitadas para fazer a instalação. Para fazer a operação dos sistemas.  A meta do novo Minha Casa, Minha Vida é a construção de 2 milhões de unidades em 4 anos e o prazo para a análise da medida provisória termina em 14 de junho. Sob a supervisão de Rodrigo Resende, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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