Comissão debate importância do hidrogênio verde para descarbonizar economias globais — Rádio Senado

Comissão debate importância do hidrogênio verde para descarbonizar economias globais

A primeira audiência pública da Comissão Especial para Debate de Políticas Públicas sobre Hidrogênio Verde, realizada nesta quarta-feira (26), discutiu o papel do hidrogênio verde na descarbonização das economias globais. O evento teve a participação de representantes dos Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente e Mudança do Clima, além de diplomatas do Chile e do Reino Unido, que compartilharam a experiência dos países no setor energético de baixo carbono.

27/04/2023, 12h28 - ATUALIZADO EM 27/04/2023, 12h29
Duração de áudio: 03:27
Roque de Sá/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO ESPECIAL DO SENADO DESTINADA A DEBATER POLÍTICAS PÚBLICAS SOBRE HIDROGÊNIO VERDE REALIZOU SUA PRIMEIRA AUDIÊNCIA PÚBLICA. ESPECIALISTAS DISCUTIRAM O PAPEL DO INSUMO NA DESCARBONIZAÇÃO DAS ECONOMIAS GLOBAIS. REPÓRTER BIANCA MINGOTE. A tecnologia do Hidrogênio Verde consiste na geração de energia limpa já que a produção do combustível libera pouco gás carbônico, um dos causadores do efeito estufa. A Comissão Especial do Senado destinada a debater Políticas Públicas sobre Hidrogênio Verde discutiu, na sua primeira audiência pública, o papel do setor na descarbonização das economias globais. O evento reuniu representantes dos Ministérios de Minas e Energia e do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Participaram também diplomatas do Chile e do Reino Unido, que compartilharam a experiência de seus países no setor energético de baixo carbono. Segundo eles, além de consolidar uma estratégia ambiental, o uso de energias renováveis também reúne estratégias sociais e econômicas. Ao citar o Programa Nacional de Hidrogênio do Conselho Nacional de Política Energética, o secretário de Planejamento e Transição do Ministério de Minas e Energia, Thiago Barral, disse que o tema é prioritário com foco na transição energética. Ele destacou ainda a importância da comissão do Senado para colaborar com um marco legal e regulatório para o setor de Hidrogênio Verde no Brasil. Thiago Barral defendeu que a tecnologia é uma das ações para promover o desenvolvimento econômico a partir da baixa emissão de carbono. O hidrogênio não é uma bala de prata, não é uma solução panaceia. Na verdade, ele é um dos instrumentos que temos o potencial de desenvolver para entregar desenvolvimento econômico com descarbonização e inclusão.  O diretor do Departamento de Apoio ao Conselho Nacional de Mudança do Clima, André Luiz de Andrade, também defendeu a inclusão no setor e observou que há urgência em promover a descarbonização rápida, justa e a um custo baixo para frear os efeitos do aquecimento global.  Nós estamos falando não apenas de mudanças na matriz energética. Estamos falando de um novo paradigma de desenvolvimento econômico para o mundo e para o Brasil. Um paradigma de um novo modelo de desenvolvimento econômico que seja baixo carbono e que seja também inclusivo, que não deixe ninguém para trás. Nós precisamos pensar nesses investimentos também de forma inclusiva. Os representantes do Chile, Lorena Guzmán e Alejandro Guzmán, citaram que no País, desde 2008, o setor elétrico é obrigado a credenciar um mínimo de 5% de energias renováveis. Em 2013, o patamar subiu para 20% e em 2030, a meta será de 60%. Já a vice-chefe da Missão do Reino Unido, Melanie Hopkins, disse que seu país apoia o esforço do Brasil nas iniciativas de descarbonizar a economia.  Enquanto pioneiro nas áreas de ciência e educação e na elaboração de políticas públicas para essa área, [o Reino Unido] está presente para apoiar o Brasil em sua trajetória, especialmente no que tange a descarbonização  de seu setor energético. Os senadores da Comissão decidiram visitar a Holanda, Bélgica e França, entre os dias 9 e 12 de maio para conhecer a legislação da União Europeia  para a área. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Bianca Mingote.

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