Comissão de Educação ouve Conselho de Secretários, contrário à suspensão do Novo Ensino Médio — Rádio Senado
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Comissão de Educação ouve Conselho de Secretários, contrário à suspensão do Novo Ensino Médio

A Comissão de Educação realizou audiencia pública para discutir a suspensão do calendário do Novo Ensino Médio. O senador Esperidião Amim (PP-SC) solicitou a audiência pública após posicionamento contrário à suspensão do Conselho Nacional dos Secretários de Educação (Consed). O presidente do Consed, Vitor de Angelo, reconheceu os prejuízos que a pandemia da covid-19 trouxe ao ensino, mas defendeu a manutenção do percurso feito até aqui para a mudança.

20/04/2023, 21h46 - ATUALIZADO EM 20/04/2023, 21h47
Duração de áudio: 02:37
Foto: Suami Dias/Governo da Bahia

Transcrição
A COMISSÃO DE EDUCAÇÃO DISCUTIU A SUSPENSÃO DO CALENDÁRIO DO NOVO ENSINO MÉDIO. A SUSPENSÃO FOI DETERMINADA POR UMA PORTARIA DO GOVERNO FEDERAL PUBLICADA NO INÍCIO DESTE MÊS. REPÓRTER CESAR MENDES. O senador Esperidião Amim, do PP de Santa Catarina, solicitou a audiência pública após posicionamento contrário do Conselho Nacional dos Secretários de Educação, Consed, à suspensão do calendário de implementação do Novo Ensino Médio. O presidente do Consed, Vitor de Angelo, reconheceu os prejuízos que a pandemia da covid-19 trouxe ao ensino, mas defendeu a manutenção do percurso feito até aqui para a mudança. '' Uma mudança estrutural do Novo Ensino Médio aconteceu no pior momento em que poderia ter acontecido, mas ele aconteceu, com dificuldades, maiores aqui ou ali, mas ele aconteceu''. Vitor de Angelo disse que o Ministério da Educação precisa coordenar a implementação do Novo Ensino Médio de forma a compensar as desigualdades regionais do país. '' Na medida em que nos últimos anos, cada estado fez na medida da sua condição, o resultado final é que uns fizeram mais e outros menos. Ou puderam fazer mais e outros puderam menos. A resultante disso, em âmbito nacional, é um país mais desigual''. Para Ricardo Tonassi Souto, presidente do Fórum Nacional dos Conselhos Estaduais e Distrital deEducação, é preciso mais clareza sobre o calendário das audiências que o Ministério prometeu realizar com os Estados, no prazo dos 90 dias de suspensão estabelecido pela portaria. '' Muitos professores acabam puxando o freio de mão, dizendo o seguinte: Olha, eu fico na dúvida se vai ter a implementação ou não, então peraí, deixa eu esperar pra ver o que vai acontecer. Isso é temerário, que isso aconteça''. Eduardo Cézar Silva, Vice-Presidente da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação da Região Sudeste, disse que os municípios também devem ser ouvidos, porque são eles que  preparam os alunos para o Ensino Médio. E fez questão de frisar que não tem mais como voltar atrás nas mudanças já implementadas. '' Pedagogicamente falando, não dá pra voltar atrás. Já tínhamos um diagnóstico que o Ensino Médio, no modelo anterior, já não atendia há muito tempo. A revogação implica hoje em voltarmos atrás. A gente tem que ir pra frente''. O senador Espiridião Amim, autor do requerimento da audiência, criticou a decisão do Ministério da Educação de suspender o calendário: '' Na minha opinião, ela deveria ter sido antecedida pelo prestador do serviço, reunido com o reitor do serviço e me refiro aos Estados, pelo menos''. O presidente da Comissão de Educação, senador Flávio Arns, do PSB do Paraná, disse que a suspensão do calendário de implantação do Novo Ensino Médio continuará a ser acompanhada e discutida pelo colegiado. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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