CAE vai ouvir representantes do BNDES antes de votar empréstimos que somam US$ 1,75 bi — Rádio Senado
Assuntos Econômicos

CAE vai ouvir representantes do BNDES antes de votar empréstimos que somam US$ 1,75 bi

A Comissão de Assuntos Econômicos adiou a votação de dois pedidos de empréstimos internacionais para o BNDES que somam US$ 1,75 bi. Senadores como Cid Gomes (PDT-CE) e Alessandro Vieira (PSDB-SE) consideraram prudente ouvir antes representantes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social para saber se os financiamentos, pedidos ainda no governo Bolsonaro, no contexto da pandemia, ainda se justificam. (MSF 10/2021 e MSF 40/2021)

11/04/2023, 14h10 - ATUALIZADO EM 11/04/2023, 15h43
Duração de áudio: 02:34
Edilson Rodrigues/Agência Senado

Transcrição
A COMISSÃO DE ASSUNTOS ECONÔMICOS ADIOU A VOTAÇÃO DE DOIS PEDIDOS DE EMPRÉSTIMOS INTERNACIONAIS PARA O BNDES NO VALOR DE UM BILHÃO E 750 MILHÕES DE DÓLARES. SENADORES QUEREM OUVIR ANTES REPRESENTANTES DO BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL SOBRE OS FINANCIAMENTOS. AS INFORMAÇÕES DA REUNIÃO DA CAE DESTA TERÇA-FEIRA COM O REPÓRTER BRUNO LOURENÇO. A Comissão de Assuntos Econômicos decidiu ouvir representantes do BNDES antes de votar dois pedidos de empréstimos internacionais que totalizam um bilhão e 750 milhões de dólares para a instituição. Os financiamentos foram pedidos ainda no governo Bolsonaro para que o BNDES pudesse apoiar micro, pequenas e médias empresas a superar as dificuldades advindas com a pandemia, como explicou o senador Eduardo Gomes, do PL do Tocantins. No Brasil, o BNDES vem anunciando, desde março de 2020, uma série de medidas a fim de apoiar o setor produtivo a enfrentar os efeitos da crise. Em especial, medidas que visam a reforçar o crédito às micro, pequenas e médias empresas, desde a possibilidade de suspensão temporária de pagamentos de principal e juros, passando pela ampliação das linhas de crédito livre e dos mecanismos de garantias para as empresas desse segmento. Senadores como Cid Gomes, do PDT do Ceará, querem saber se os motivos ainda são justificados e se estados ou municípios não poderiam ser prejudicados com a concentração desses recursos no Governo Federal. E você, vamos dizer assim, ocupar, dessas agências multilaterais que têm já cotas predefinidas para os países, 750 bilhões do Banco Interamericano para o BNDES e US$1 bilhão do Novo Banco de Desenvolvimento do BRICS para o Governo Federal também, isso, a meu juízo, requer, merece uma atenção, uma preocupação, uma discussão. Alessandro Vieira, senador do PSDB de Sergipe, lembrou também que a documentação sobre a capacidade de captar os empréstimos teria que ser atualizada, já que ela data de 2020. Toda a documentação nas duas mensagens - análise de viabilidade técnica, impacto orçamentário, disponibilidade, notas de crédito - é de 2020, e é necessário, no mínimo, que ela seja atualizada para que a gente possa, enfim, votar isso aqui com segurança. São valores extremamente elevados. Um dos empréstimos, no valor de 750 milhões de dólares, é do BID, o Banco Interamericano de Desenvolvimento, para Programa Global de Crédito Emergencial BID-BNDES. O outro, de um bilhão de dólares, é do NDB, ou o Banco do Brics, e destinado ao Governo Federal para aplicação no Fundo Garantidor para Investimentos operado pelo BNDES. Da Rádio Senado, Bruno Lourenço.

Ao vivo
00:0000:00