200 anos da Batalha do Jenipapo — Rádio Senado
Piauí

200 anos da Batalha do Jenipapo

Em 13 de março de 1823 aconteceu um dos episódios mais marcantes da história da independência do Brasil: a Batalha do Jenipapo. As lutas, ocorridas no Piauí, opuseram brasileiros piauienses, cearenses e maranhenses contra tropas leais a Portugal lideradas pelo Major Fidié. Pelos menos 200 brasileiros morreram durante os confrontos na cidade de Campo Maior.

13/03/2023, 13h14 - ATUALIZADO EM 13/03/2023, 13h17
Duração de áudio: 02:13
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Transcrição
EM 13 DE MARÇO DE 1823, ACONTECEU NO PIAUÍ A BATALHA DO JENIPAPO. UM DOS MAIS MARCANTES EPISÓDIOS DA INDEPENDÊNCIA BRASILEIRA COMPLETA 200 ANOS.  REPÓRTER RODRIGO RESENDE. Os 200 anos do 7 de setembro de 1822, do famoso Grito do Ipiranga, serviram para mostrar que, na verdade, a independência brasileira de Portugal foi resultado de uma série de acontecimentos e lutas e não de um fato isolado. Um desses acontecimentos foi a Batalha do Jenipapo, em 13 de março de 1823. Os confrontos ocorreram em Campo Maior, no Piauí, como explica o jornalista e autor do livro 1822, Laurentino Gomes. Laurentino  – Local hoje situado às margens da BR 343, a rodovia que liga a capital Teresina à cidade de Parnaíba, no litoral piauiense, brasileiros e portugueses se bateram entre as nove horas da manhã e às duas horas da tarde do dia treze de março de mil oitocentos e vinte e três. O resultado foi uma carnificina, cerca de duzentos brasileiros mortos e mais de quinhentos feitos prisioneiros. As perdas representavam um terço do improvisado do Exército Brasileiro composto em sua maioria por vaqueiros, comerciantes, alguns vereadores, um juiz, além de velhos e adolescentes. Os portugueses, comandados pelo disciplinado porém sensato major João José da Cunha Fidié, tiveram apenas dezesseis baixas. Mas a vitória Portuguesa na Batalha do Jenipapo foi temporária, como lembrou o escritor Laurentino Gomes. Laurentino  – Para os portugueses uma vitória com sabor de derrota. A tragédia do Jenipapo demonstrava a determinação dos brasileiros de lutar ao lado de Pedro I pela independência. Mesmo de forma desorganizada e a custa da própria vida. Por isso, ao invés de prosseguir até Oeiras, a então capital do Piauí, a esta altura também em mãos dos revolucionários, Fidié decidiu cruzar o Rio Parnaíba e se refugiar na cidade maranhense de Caxias, ainda controlada pelos portugueses. Ali foi cercado, preso e deportado pro Rio de Janeiro depois de negociar a própria rendição. Em 1973, nos 150 anos da Batalha, foi inaugurado em Campo Maior um monumento em memória dos combatentes do Jenipapo. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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