In memoriam, Glória Maria e Clara Camarão são homenageadas com Diploma Bertha Lutz — Rádio Senado
Diploma Bertha Lutz

In memoriam, Glória Maria e Clara Camarão são homenageadas com Diploma Bertha Lutz

O Senado concedeu à indígena Clara Camarão e à jornalista Glória Maria in memoriam o diploma Bertha Lutz. Senadoras e demais homenageadas destacaram o papel dessas mulheres na história brasileira e cobraram ações efetivas no combate à violência contra a mulher e na equidade de gênero nos espaços de Poder.

08/03/2023, 13h24 - ATUALIZADO EM 08/03/2023, 13h31
Duração de áudio: 03:07
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
NA EDIÇÃO DESTE ANO DO DIPLOMA BERTHA LUTZ, DUAS MULHERES FORAM HOMENAGEADAS IN MEMORIAN: A JORNALISTA GLÓRIA MARIA E A INDÍGENA CLARA CAMARÃO. SENADORAS E AGRACIADAS DESTACARAM MULHERES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E APONTARAM NECESSIDADE DE IGUALDADE ENTRE HOMENS E MULHERES NOS ESPAÇOS DE DECISÃO. REPORTAGEM DE RODRIGO RESENDE. O Senado concedeu à indígena Clara Camarão e à jornalista Glória Maria in memoriam o diploma Bertha Lutz. A cientista política e especialista em segurança pública Ilona Szabó, uma das agraciadas de 2023, destacou as trajetórias de Glória e Clara. Ilona - Sinto-me também emocionada em particular dessa homenagem que está sendo feita para duas mulheres grandiosas que não estão mais entre nós. Glória Maria e Clara Camarão. E se eu estou aqui hoje, eu não cheguei, tampouco estou sozinha. Como todas nós esse diploma traz aqui com a gente, eu acho que uma dá os ombros às outras, né? Estamos juntas Rita Potyguara representou a indígena Clara Camarão, que foi uma das responsáveis por lutar contra invasões no território brasileiro no século XVII. Para Rita, a homenagem se estende a todas as indígenas brasileiras. Rita - A homenagem a Clara Felipa Camarão... que é minha parenta potiguara, eu sou do povo potiguara. Que liderou um grupo de guerreiras contra a invasão colonial. É um importante reconhecimento do Senado Federal a todas as mulheres indígenas do nosso país por nossas lutas históricas e lutas cotidianas. A jornalista Nilza Valéria Zacarias saudou a trajetória inspiradora de Glória Maria. Nilza - E a Glória Maria eu gostaria de dizer, se fosse possível, que ela tem todo o meu encanto. Eu fui da geração de meninas negras que via na TV a Glória Maria e sabia a partir do que ela fazia que poderíamos ser qualquer coisa. E eu sou o que eu quero ser. E é por isso que eu estou aqui hoje. Ilana Trombka, diretora geral do Senado, lembrou que atualmente a bancada feminina do Senado é a maior da história. Ilana - É um exemplo desse sonho que, hoje nesta casa, no Senado Federal, temos uma bancada de quinze senadoras, a maior bancada histórica destes quase duzentos anos de existência da Câmara Alta do Parlamento. A líder da bancada feminina, senadora Eliziane Gama, do PSD do Maranhão, também ressaltou a importância da equidade entre mulheres e homens nos espaços de poder. Eliziane - Mas hoje é apenas um marco, hoje é apenas uma data em que nós temos aí metas a trilhar nos próximos meses e nos próximos anos porque nós não vamos esperar os cem anos para igualdade entre homens e mulheres no Brasil. Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, destacou a necessidade urgente de combate aos diversos tipos de violência contra a mulher. Leila - Principalmente a questão da violência, violência doméstica, os atos covardes contra a vida das mulheres e geralmente esses covardes estão ao lado dela, é pai de um filho dela e que tem a capacidade de matar muitas vezes essa mulher na frente do próprio filho. Então a gente vive um momento em que a vida da mulher está muito banalizada. A segurança da mulher, o direito da mulher. Leila Barros é a atual procuradora da mulher no Senado Federal. Da Rádio Senado, Rodrigo Resende.

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