Projeto prevê proteger personalidade digital e liberdade de expressão na internet — Rádio Senado
Proposta

Projeto prevê proteger personalidade digital e liberdade de expressão na internet

O projeto de lei ( PL 592/23) apresentado pelo senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, prevê alterar leis como o Código Civil e o Marco da Internet para estabelecer novas medidas que protejam a personalidade digital da pessoa e a liberdade de expressão na internet. Entre os pontos está a proibição da eliminação e banimento de pessoas do meio digital.

24/02/2023, 12h32 - ATUALIZADO EM 24/02/2023, 12h50
Duração de áudio: 02:23
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Transcrição
PROJETO DE LEI PREVÊ ALTERAR O CÓDIGO CIVIL E O MARCO CIVIL DA INTERNET COM A FINALIDADE DE PROTEGER A PERSONALIDADE DIGITAL DAS PESSOAS E A LIBERDADE DE EXPRESSÃO NA INTERNET. A PROPOSTA TEM COMO OBJETIVO PROIBIR A ELIMINAÇÃO DE PESSOAS NO MEIO DIGITAL. REPÓRTER CAROL TEIXEIRA. De autoria do senador Jorge Seif, do PL de Santa Catarina, o projeto de lei prevê acrescentar uma proteção civil e normatizações para resguardar os direitos do cidadão nos meios digitais. Pela proposta, o Código Civil vai tratar da personalidade civil no âmbito digital, abrangendo a sua identidade e o reconhecimento do direito à existência em comunidades com as mesmas garantias previstas em lei. O projeto também altera o Marco Civil da internet para proibir medidas que possibilitem a eliminação total ou parcial, exceto quando necessário para interromper a prática de crimes. Segundo a proposta, o cancelamento ou a suspensão do perfil de usuário de redes sociais somente poderá ser realizado com justa causa e motivação.  Jorge Seif destacou a importância da proteção da personalidade digital. Nós vemos isso como também uma questão de direitos humanos, um conjunto de direitos essenciais, fundamentais que nós cidadãos e pessoas temos. E que devem ser protegidos também, não só pelo fato de sermos pessoas, mas hoje todo mundo usa a internet, todo mundo tem uma personalidade digital. Jorge Seif defendeu a necessidade de se explicitar direitos e garantias dos usuários de redes sociais, a exemplo de os provedores indicarem justa causa para a moderação de conteúdo.  É necessário que nós estabeleçamos regras claras para o uso dessas plataformas digitais, de forma que o usuário seja protegido. Inclusive de decisões arbitrárias, unilaterais, subjetivas e sigilosas. Mais ainda, nós não podemos dar o direito de moderador a provedores de redes sociais, eles são provedores. E eventuais abusos, excessos, por parte de alguns usuários a nossa legislação já é clara. E para as pessoas que utilizarem de forma indevida, essas plataformas serão devidamente punidas por leis que já existem e já estão previstas no código Penal. O projeto segue para discussão e votação nas comissões do Senado. Sob a supervisão de Hérica Christian, da Rádio Senado, Carol Teixeira.

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