Senado realiza seminário de combate à violência contra a mulher — Rádio Senado
Plenário

Senado realiza seminário de combate à violência contra a mulher

O Senado realizou nesta sexta-feira uma sessão especial para marcar o Dia Internacional da Eliminação da Violência Contra a Mulher. Numa parceria do Congresso Nacional e a Embaixada de Israel, o evento ouviu a ativista israelense Lili Nen Ami, fundadora da associação Michal Sela Forum, organização que atua para prevenir a violência contra as mulheres. A senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, que é a procuradora da mulher no Senado, defendeu uma abordagem coletiva para o problema no Brasil, com a aplicação de recursos específicos para o combate da violência doméstica.

25/11/2022, 15h57 - ATUALIZADO EM 25/11/2022, 15h57
Duração de áudio: 03:08
Geraldo Magela/Agência Senado

Transcrição
O SENADO REALIZOU NESTA SEXTA-FEIRA UM SEMINÁRIO PARA COMPARTILHAR INICIATIVAS NO COMBATE ÀS VIOLÊNCIAS POLÍTICA E DOMÉSTICA CONTRA O SEXO FEMININO. O EVENTO FOI PROMOVIDO NO DIA INTERNACIONAL DA ELIMINAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER. E FAZ PARTE DA CAMPANHA 16 DIAS DE ATIVISMO PELO FIM DA VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES. A REPÓRTER MARCELLA CUNHA TEM OS DETALHES Numa parceria do Congresso Nacional e a Embaixada de Israel, o evento ouviu a ativista israelense Lili Nen Ami, fundadora da associação Michal Sela Forum, organização que atua para prevenir a violência contra as mulheres. Emocionada, ela disse que a ONG foi após a irmã ter sido assassinada pelo próprio marido. Lili lutou para acabar com a legislação que a obrigava a levar a sobrinha, um bebê de oito meses, semanalmente para visitar o pai na cadeia. A senadora Leila Barros, do PDT do Distrito Federal, que é a procuradora da mulher no Senado, defendeu uma abordagem coletiva para o problema no Brasil, com a aplicação de recursos específicos para o combate da violência doméstica. A gente tem a legislação, mas a gente não tem recursos para ter os mecanismos necessários para protegê-las. E agora, ano passado, nós aprovamos para o Fundo Nacional de Segurança Pública 5%. Vocês vão falar: "Ah, mas 5%?!". JJá é um avanço para nós em termos de país, entendendo que o nosso país é um país continental. Então,ue esse recurso de fato chegue na ponta e que a gente consiga implementar essas políticas tão necessárias, depois de ouvir uma fala como essa... Quer dizer, como a Lili falou, que as pessoas comecem a pensar fora da caixa. Que a gente consiga entender que o agressor, ele que é o fraco. Já a Coordenadora-Geral de Pesquisa do Observatório Nacional da Mulher na Política na Câmara, Ana Cláudia Oliveira, lembrou que o direito ao voto feminino acaba de completar 90 anos e que, junto com a possibilidade de estar presente no âmbito público, vieram também outras formas de violência que visam excluir as mulheres. Uma dessas violência é a violência política contra a mulher, que é uma violência que agora está tendo muita visibilidade na lei, na imprensa, porque a gente tem uma legislação recentemente aprovada, mas é uma violência que existe desde que existe política, desde que existe mulher. Mesmo antes de entrar mulher como essa categoria que dentro do patriarcado é hierarquizada e colocada abaixo do homem, quando grupos de mulheres brigavam pelo direito ao sufrágio, essa violência já existia contra as mulheres. Há mulheres que morreram nessa luta pelo sufrágio ao redor do mundo. A Coordenadora da Rede Equidadade do Senado, Maria Terezinha Nunes, deu detalhes sobre o funcionamento do programa de cooperação técnica para a implementação de ações de Inclusão e Diversidade. São onze instituições: o Senado e mais dez instituições, inclusive o CNJ. A partir da conjugação, cada vez mais, desses esforços, é que a gente vai desnaturalizar a violência doméstica, que, sim, tem que ser falada no âmbito do trabalho, e é o que a gente está pretendendo fazer. Entre os participantes estavam a diretora geral do Senado, Ilana Trombka, a Coordenadora do Observatório da Mulher Contra a Violência da Casa, Maria Teresa Prado e o Embaixador de Israel no Brasil, Daniel  Zonshine. O dia 25 de novembro foi escolhido pela ONU como o Dia Internacional de não violência contra a mulher em 1999,  para estimular a reflexão sobre as situações de violência que as mulheres enfrentam. Da Rádio Senado, Marcella Cunha

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